Conservação preventiva na Reserva Técnica Curt Nimuendajú

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Data

01-01-2016

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VICENTE, Bianca Cristina Ribeiro. Conservação preventiva na Reserva Técnica Curt Nimuendajú. Orientadora: Sue Anne Regina Ferreira da Costa. 2016. 60 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Museologia) - Faculdade de Artes Visuais, Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2220. Acesso em:.
O objeto etnográfico é produzido de forma manual por diversas culturas ao longo do tempo. Dentro do museu esse material é base para estudos antropológicos e culturais e, ao passar pelo processo científico da musealização, estes devem ser preservados. O Museu Paraense Emilio Goeldi salvaguarda na Reserva Técnica Curt Nimuendajú um enorme acervo de Etnografia com mais de 14 mil objetos de origem indígena, africana e regional. Nesta reserva técnica há um sistema alternativo de climatização que controla com uso de ventiladores insufladores, exaustores e desumidificadores a umidade relativa. Para a preservação de objetos museológicos, umas das práticas correntes nos museus é a Conservação Preventiva a qual visa prolongar as boas condições físicas e químicas do acervo, atuando na prevenção contra os agentes de deterioração, tais como temperatura e umidade relativa inadequadas. Baseando-se nesta disciplina, realizou-se o monitoramento das condições ambientais da reserva técnica objetivando analisar a temperatura e umidade relativa (UR) dos ambientes macro (sala) e micro (armários, gavetas e embalagens) durante cinco meses. Três dataloggers foram programados para coleta a cada duas horas, em dez diferentes lugares da reserva para o macro ambiente e doze para o micro. Também foram utilizados um termo higrômetro e um termômetro infravermelho durante cinco dias. A média de temperatura do macro foi de 30,25 °C e UR de 55,90%, com variações de 1,34°C e 5,31%, respectivamente. O micro ambiente obteve a média 29,97°C de temperatura e 54,82% de UR, com variações de 1,28°C e 4,64%. As médias de umidade relativa, tanto no macro quanto no micro ambiente se encontram de acordo com os padrões internacionais de Conservação Preventiva, por outro lado a temperatura mostrou-se muito elevada. Entretanto, as variações apresentaram valores baixos o que proporciona maior estabilidade às peças as quais sofrem menores alterações de dimensionais. Porém, deve-se ressaltar que a Amazônia apresenta características peculiares e que estes padrões considerados inadequados na literatura podem não ter o mesmo efeito em materiais acostumados as altas temperaturas amazônicas, portanto, percebe-se a necessidade da realização de estudos mais aprofundados direcionados ao reconhecimento dos constituintes dos objetos, para acompanhar se estão ocorrendo reações químicas e em quais velocidades. Destaca-se a importância de pensar medidas de conservação preventiva que reflitam e respeitem a realidade climática e museológica da região.

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