Faculdade de Língua Portuguesa - CCAST
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Navegando Faculdade de Língua Portuguesa - CCAST por Assunto "Axiologias sociais"
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Trabalho de Curso - Graduação - Artigo Acesso aberto (Open Access) Gênero memórias literárias: uma análise dialógica do enunciado "lata d'agua na cabeça, lá vou, Maria"(2024-08-27) PEREIRA, Déborah de Brito; OHUSCHI, Márcia Cristina Greco; http://lattes.cnpq.br/3038449011739174; https://orcid.org/0000-0001-8292-9806À Luz da Linguística Aplicada (LA), esta pesquisa se constitui em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e busca desenvolver um estudo teórico-analítico, de cunho qualitativo-interpretativo, sobre as axiologias sociais, em um enunciado do gênero memórias literárias, e suas refrações identitárias, sociais e culturais. Tem como objetivo geral refletir sobre os conceitos axiológicos de extraverbal, entonação e juízo de valor mobilizados em um enunciado do gênero discursivo memórias literárias. Nesse viés, o estudo apoia-se na concepção dialógica de linguagem e língua e sua abordagem sociológica, valorativa, cultural e ideológica, a partir dos estudos do Círculo de Bakhtin (Volóchinov, 2017[1929]; 2019 [1926]; Bakhtin, 2016[1979]). A investigação parte dos seguintes percursos metodológicos: 1. seleção do gênero e do enunciado a ser trabalhado; 2. análise dialógica, a contemplar a sua dimensão social e verbal. Desse modo, selecionamos o enunciado intitulado “Lata d’água na cabeça, lá vou, Maria”, de Evellyn Isabelle Lima Vale, aluna finalista da 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2019. Os resultados obtidos decorreram da análise que abrange as dimensões social e verbal do gênero e seus elementos constituintes, como: conteúdo temático, construção composicional e estilo. Assim, consideramos os aspectos enunciativo-discursivos e linguísticos do enunciado, os quais suscitam reflexões acerca de problemáticas sociais, como: exploração do trabalho infantil, rejeição, solidão, a resiliência humana e a superação. Com isso, a imersão nos aspectos valorativos da linguagem e as relações dialógicas com o já-dito “Lata D’água”, de Jota Junior e Luis Antônio, possibilitaram a percepção do colorido expressivo sob as expressões mobilizadas pela enunciadora que emergem sua intenção e motivação discursiva, a fim de estabelecer uma interação com seu interlocutor. Logo, constatamos que os elementos axiológicos extraverbais, entonativos e juízos de valor, presentes no texto-enunciado conceberam efeitos de sentidos e valorações significativas para a compreensão do enunciado analisado.