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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Análise de fácies e reconstituição paleoambiental do limite entre as Formações Cabeças e Longá da bacia do Parnaíba região de Juazeiro do Piauí(2015) MORASCHE, Raoni Dias; BARBOSA, Roberto Cesar de Mendonça; http://lattes.cnpq.br/4967448811124593; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998O intervalo Neodevoniano-Eocarbonífero na Bacia do Parnaíba, representado pelas formações Cabeças e Longá, registra importantes mudanças nas condições paleoambientais da bacia devido a migração do Paleocontinente Gondwana de regiões polares para subtropicais. Neste sentido, exposições das formações Cabeças e Longá, na região de Juazeiro do Piauí (PI), borda nordeste da bacia, foram alvos de análise faciológia e estratigráfica no intuito de demostrar como as condições de sedimentação responderam às mudanças climáticas e influenciaram na arquitetura do sistema deposicional. A análise de fácies permitiu a individualização de 11 fácies sedimentares: folhelho (Fl), siltito maciço (Sm), arenito maciço (Am), arenito com laminação plana (Ap), arenito com laminação ondulada (Ao), arenito com laminação cruzada (Ac), arenito com laminação cruzada cavalgante (Acv), arenito com estratificação cruzada hummocky (Ah), arenito com estratificação cruzada swaley (Asw), arenito deformado (Ad) e arenito com estratificação cruzada sigmoidal incipiente (Asg). As fácies sedimentares foram agrupadas em três associações de fácies (AF) que registram a implantação de uma frente deltaica dominada por processos fluviais (AF1) da Formação Cabeças que foi afogado pela elevação do nível do mar local, seguido da implantação de uma plataforma costeira dominada por ondas de tempo bom e de tempestade (AF2 e AF3) da Formação Longá. A AF3, em especial, registra camadas tabulares caracterizadas pela intercalação cíclica entre fácies de arenito e folhelho interpretadas aqui como depósitos de turbiditos. A presença de fácies sedimentares associadas aos turbiditos na Formação Longá é descrita de forma inédita nessa pesquisa e pode representar um intervalo potencialmente importante como reservatório da Formação Longá, principal unidade selante do sistema petrolífero Mesodevoniano-Eocarbonífero da Bacia do Parnaíba. Essa descoberta fomenta a necessidade da realização de novos estudos petrofísicos nessas camadas com o objetivo de confirmar a potencialidade destas rochas como um possível reservatório secundário.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Bacia do Barreirinhas – Dificuldades de delimitação frente a indústria do petróleo(2015) RAMIRES, Nathan Abner Diniz; LUCZYNSKI, Estanislau; http://lattes.cnpq.br/9749970886455933Este trabalho visa atualizar as informações acerca da geologia da Bacia do Barreirinhas com intuito de determinar as condições para a ocorrência de petróleo e gás natural além de analisar as dúvidas existentes quanto a delimitação das bordas da bacia e como estas interferem no processo de leilão promovido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e nas atividade de exploração e produção. Barreirinhas é uma bacia de ambiência marinha situada na margem equatorial brasileira limitada pelo Alto de Tutóia a leste, pela Plataforma da Ilha Santana a oeste e pela Plataforma de Sobradinho a sul. À noroeste é separada da Bacia Pará-Maranhão pelo meridiano 44º sem qualquer justificativa geológica para tal segregação. As duas bacias se assemelham em conteúdo litológico; empilhamento litoestratigráfico; empilhamento bioestratigráfico, e as feições estruturais no limite entre as bacias se confundem por seguirem o mesmo trend de falhamentos com direção NW-SE. A ligação genética entre as bacias explica as similaridades, mas não exclui o problema gerado sobre o processo de licitação de áreas novas realizado pela ANP no caso da descoberta de reservas comerciais em uma das bacias. Apesar da problemática apresentada o interesse na exploração da Bacia de Barreirinhas se mostrou alto com o sucesso da 11ª rodada de leilões da ANP quando 26 blocos da bacia foram ofertados e 19 foram adquiridos se somando aos 06 blocos adquiridos em rodadas anteriores. A possibilidade de produção de hidrocarbonetos na bacia é relevante para o mercado energético paraense devido a proximidade e a viabilidade de aproveitamento do gás natural na indústria de geração de energia complementar entre outras utilizações.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Os basaltos de fundo oceânico e rochas associadas da Região sul da Serra do Tapa - Cinturão Araguaia, sudeste do Pará(2013-04-10) BARROS, Luisa Dias; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502No norte do Cinturão Araguaia, na região conhecida como Serra Tapa, nos municípios de Sapucaia e Xinguara, sudeste do Estado do Pará próximo à divisa com o Estado do Tocantins, estão expostos um dos maiores corpos mafico-ultramáficos alongados na direção N-S, que compreende fragmentos preservados da litosfera oceânica do Neoproterozoico do Cinturão Araguaia. A Associação Serra do Tapa é constituída por um conjunto de rochas que compreendem metabasaltos com marcantes estruturas em almofadas, associados com formações ferríferas bandadas, metacherts, silexitos ricos em hematita e/ou magnetita além de metaperidotitos/dunitos serpentinizados, embutidos tectonicamente nas rochas metassedimentares de baixo grau metamórfico, pertencentes ao Grupo Tocantins. A associação dessas rochas é mundialmente interpretada como representação de assoalhos oceânicos e porções do manto superior, denominados de ofiolitos. A partir da descoberta desses corpos no Cinturão Araguaia, a pesquisa abordou quatro ocorrências de metabasaltos almofadados com rochas metassedimentares químicas associadas. Os metabasaltos exibem estruturas em almofadas e apresentam algumas variações tipológicas aqui descritas. Trata-se de um conjunto de derrames com frentes de extravasamento de lavas em ambiente de fundo oceânico, em que posteriormente foram deformadas, transformadas em baixo grau metamórfico, que ainda preserva suas características magmáticas originais. Os basaltos almofados apresentam um zoneamento, em que o núcleo é definido por um basalto maciço de cor marrom esverdeado, afanítico, com textura intersertal composta essencialmente por cristais ripiformes de plagioclásio, clinopiroxênio e vidro vulcânico. Basaltos hipovítreos ocupam a zona de borda de cor verde amarelada, afaníticos e apresentam texturas de resfriamento ultrarrápido como esferulitos, cristais aciculares e radiais de plagioclásio, além de texturas tipo “rabo de andorinha” e seções ocas destes cristais. Os hialoclastitos , nas zonas mais externas, representam brechas de superfícies de derrames basálticos. Finalmente, vidros basalticoss constituem a superfície dos derrames (zona interalmofada) de cor verde escura. Essas rochas ocorrem como camadas e corpos alongados preferencialmente na direção NE-SW com mergulhos suaves para ESE. Os basaltos estão fracamente metamorfisados e a paragênese (Ab + Act + Cl + Ep ± Stp) foi estabilizada em condições da fácies xisto-verde. Estudos mineralógicos complementares de difração de raios-X e MEV foram feitos a fim de caracterizar melhor os minerais constituintes dessas rochas. As formações ferríferas bandadas, caracterizadas como jaspilitos e cherts correspondem à unidade sedimentar química de ambiente oceânico marinho profundo, constituindo a porção superior desta suíte ofiolítica e apresentam porções recristalizadas indicando, também, que foram metamorfisadas. Estas rochas ainda preservam suas estruturas sedimentares primárias como bandamento e laminações plano-paralelas compostas por jaspe ou chert e hematita. Os estudos petrográficos, geoquímica dos basaltos e uso de diagramas geoquímicos revelam a natureza dessas rochas que permitem interpretar como um magmatismo oceânico tipo N-MORB. Considerando os dados de campo, petrográficos, litoquímica e o conhecimento acumulado na literatura sobre estes corpos conclui-se que estes basaltos em associação com peridotitos serpentinizados, jaspilitos e cherts representam frações de uma litosfera oceânica antiga representando um ambiente de fundo oceânico onde se desenvolveu um vulcanismo exalativo e extrusões submarinas de um magma basáltico toleítico durante o estágio inicial de oceanização da Bacia Araguaia, durante o Neoproterozoico. Posteriormente foi obductada e fracamente metamorfisada durante processos de inversão do Cinturão Araguaia, ao longo de zonas de cavalgamento com transporte em direção ao Cráton Amazônico.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização geológica, petrográfica e geoquímica das rochas máficas da região de Tangará da Serra - MT(2017-09-22) PINA NETO, Acacio Nunes de; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502As rochas máficas da região de Tangará da Serra, sudoeste do estado do Mato Grosso, distante cerca de 250 km de Cuiabá, compreendem derrames de basaltos de caráter fissural, sills e diques de olivina diabásio e diabásio associados a arenitos e rochas calcárias do Grupo Araras, Parecis e Alto Paraguai. As espessuras dessas rochas máficas variam de 15 a 310 m e são conhecidas na literatura como rochas vulcânicas basálticas da Formação Tapirapuã, posicionada no limite Jurássico-Triássico. Os levantamentos de campo e a análise petrográfica permitiram a descrição e caracterização das rochas máficas e suas encaixantes (arenitos e calcários), e foram caracterizados como basaltos e diabásios representados por derrames e sills, respectivamente, além de raros diques de diabásios. Os basaltos exibem granulação fina, cor cinza-chumbo com textura afanítica e isotrópica. Microscopicamente, exibem textura porfirítica com matriz intersertal e intergranular, além de amigdaloidal. São constituídos essencialmente por plagioclásio, clinopiroxênio (augita) e ortopiroxênio (enstatita). Alguns fenocristais de plagioclásio euédricos e subédricos mostram-se zonados concentricamente enquanto outros, na matriz, exibem hábito acicular, esqueletais e com terminações tipo “rabo de andorinha” associados com vidro, característico de resfriamento ultrarápido. Na matriz encontra-se um material criptocristalino de coloração esverdeada, minerais opacos e vidro que ocorrem intersticialmente às ripas de plagioclásio e piroxênio. Os olivina diabásios, com granulação média, exibem textura predominantemente intergranular e são constituídos essencialmente por plagioclásio, olivina e piroxênio. O plagioclásio é do tipo labradorita (An60), são ripiformes e mostram maclamento albita e albita-calrsbad. Dentre os piroxênios, reconhece-se a augita, em maior proporção modal e enstatita. Enquanto que os diabásios, sem olivina, são texturalmente semelhantes aos olivina diabásios e encontram-se bastante alterados. A caracterização de alguns minerais de difícil identificação por meios ópticos como os minerais opacos, e aqueles oriundos de alteração, bem como os materiais das amigdalas nos basaltos foi realizada por meio da análise em microscópio eletrônico de varredura. Com esta técnica foram imageados e caracterizados quimicamente minerais como plagioclásio, augita e titanomagnetita nos basaltos. Nos olivina diabásios foram identificados augita, plagioclásio, forsterita, biotita, ilmenita, pirita e badelleyita. Geoquimicamente, foi possível a identificação de três grupos composicionais distintos, condizentes com os dados petrográficos, são eles: olivina diabásios (caracterizados por baixa concentrações de SiO2, alto MgO, Al2O3e natureza subalcalina intermediária), basaltos (caracterizados por alta SiO2, menor MgO, Al2O3 e natureza toleítica) e diabásios que, relativamente, são caracterizados viii maiores concentrações de TiO2, baixa concentração de MgO, pela natureza toleítica e por estarem intemperizados. Essas rochas revelam natureza subalcalina e toleítica. A composição normativa CIPW permite classificar os olivina diabásios em olivina toleítos e os basaltos e diabásios em toleítos. Em relação aos elementos-traço, nota-se que os olivina diabásios e os basaltos são enriquecidos em elementos litófilos de raio iônico grande em relação aos elementos terras raras leves e aos elementos de elevado potencial iônico, enquanto os diabásios apresentam um comportamento anômalo dos demais. O comportamento dos ETR demonstrou um comportamento similar com padrão subhorizontal entre os litotipos estudados, com moderado fracionamento e enriquecimento em elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados. Os olivina diabásios apresentam razões (Ce/Yb)N entre 4,9 a 4,5, (Ce/Sm)N de 1,8 a 1,7 e razões (Gd/Yb)N entre 2,1 a 2,2, além de uma discreta anomalia positiva de Eu (Eu/Eu* = 1,28 – 1,34). Enquanto os basaltos possuem razões (Ce/Yb)N entre 2,2 a 2,4, (Ce/Sm)N de 1,5 e razões (Gd/Yb)N entre 1,4 a 1,5, além de uma discreta anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,8 – 0,9).O diabásio, por sua vez, apresenta-se mais enriquecido em elementos terras raras, menor razão (Ce/Yb)N, (Ce/Sm)N e uma discreta anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,8).Nos diagramas de discriminação de ambiente tectônico, as amostras são comparáveis aquelas de ambiente intraplaca. A integração dos dados de campo, petrográficos, geoquímicos e comparativos permitiu interpretar que as rochas máficas da região de Tangará da Serra representam um magmatismo toleítico continental que pode ser relacionada ao magmatismo basáltico de mesma idade, como os basaltos da Formação Mosquito, na Bacia do Parnaíba; à Formação Anari, na Bacia do Parecis; ao Magmatismo Penatecaua da Bacia do Amazonas; e aos basaltos das Guianas e Oeste Africano bem como ao feixe de Diques Cassiporé no Amapá. A sua ocorrência está ligada ao regime distensivo vigente durante o Jurássico e que viria a resultar na separação do Pangea e na formação do oceano Atlântico central.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização petrográfica dos basaltos da Região de Tucuruí-PA(2011) CUNHA, Rômulo Gustavo Borges da; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502O trabalho tem como área geográfica a região de Tucuruí no nordeste do Estado do Pará, mais especificamente a área da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e arredores. Geologicamente faz parte do Cinturão Araguaia cuja unidade litoestratigráfica principal na área é o Grupo Tucuruí o qual compreende uma sucessão magmática-sedimentar do Neoproterozóico. O estudo tem como enfoque a caracterização geológica e petrográfica das rochas basálticas e associadas do grupo Tucuruí com objetivo de definir os litotipos, caracterizar a natureza desse magmatismo e situá-los no contexto evolutivo do Cinturão Araguaia. A análise petrográfica, envolveu descrição de amostra de mão e de lâminas delgadas sob microscopia ótica das principais rochas coletadas, análises texturais/microestruturais, caracterização de minerais essenciais, acessórios e secundários e a classificação dos litotipos. Estes estudos foram complementados por microscopia eletrônica de varredura. Com este estudo foi ampliado o conhecimento desta sucessão de derrames basálticos tão pouco estudados, porém com diversas ocorrências na referida região. Os basaltos estudados constituem uma secessão de pelo menos dois derrames intercalados aos arenitos arcosianos, tendo espessura de aproximadamente 15 m. Os estudos petrológicos revelaram três grupos petrográficos incluindo basaltos maciços, basaltos amigdaloidais e brechas de derrame. Além disso, é possível ainda, caracterizar subtipos pelas variações mineralógicas e texturais. Os basaltos maciços representam as rochas mais expressivas e ocorrem em diversas partes da área do Grupo Tucuruí. Petrograficamente os basaltos são afaníticos, de cor cinza esverdeada, homogênea e maciça e com fraturamento conchoidal. No geral apresenta textura intergranular e intersetal. Os basaltos amigdaloidais são de cor cinza escura, heterogênea, maciça, afanítica, de granulação muito fina e fratura conchoidal. Do ponto de vista textural esta rocha apresenta variação de tipos, destacando as texturas intergranular, intersetal e amigdaloidal. Na primeira, a mineralogia essencial composta de plagioclásio e clinopiroxênio, é envolvida por material vítreo, assim como os minerais opacos como acessórios e, secundariamente, epidoto e clorita. Na segunda, o clinopiroxênio preenche os espaços entre as ripas de plagioclásio, logo o arranjo se caracteriza como sendo de textura intergranular. Esta última, preferencialmente, demarca zonas superiores do derrame e caracteriza-se por apresentar amígdalas com diâmetros de dimensões entre 2 a 7 mm preenchidas por minerais de baixa temperatura (clorita, quartzo e epidoto). Os fragmentos constituintes desta brecha magmática são de arenitos e basaltos com dimensões que variam de 1 a 10 cm. Eles são bastante irregulares, onde os fragmentos angulosos do arenito estão englobados pelo basalto. Os fragmentos de arenitos são de cor cinza avermelhado escuro, granulação muito fina e fortemente brechados com veios de quartzo de dimensões milimétricas. As porções basálticas da brecha têm cor cinza escuro, afanítica, homogêneo, maciço, apresentando textura intergranular. A mineralogia essencial é composta de plagioclásio, clinopiroxênio e subordinadamente minerais opacos. Como conclusão eles representam um evento vulcânico de natureza basáltica, provavelmente toleítica do final do Neoproterozóico, que não tem correspondente conhecido na literatura do Cinturão Araguaia, e tem características totalmente diferentes dos outros magmatismos basálticos de natureza oceânica reconhecido no Cinturão Araguaia.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) A caracterização petrográfica e química do Diabásio Penatecaua, na região de Monte Alegre (PA)(2010) DUTRA, Alessandra de Cássia dos Santos; NASCIMENTO, Rosemery da Silva; http://lattes.cnpq.br/9987948688921732Na Bacia Sedimentar do Amazonas, na região de Monte Alegre, oeste do Estado Pará ocorrem soleiras e diques de diabásios intrudidos em rochas da megassequência paleozóica da bacia, com destaque para a porção centro-sul da área, onde estas rochas compõem a proeminente Estrutura Dômica de Monte Alegre. Estas rochas conhecidas como Diabásio Penatecaua são evidências de um expressivo magmatismo básico atuante no Jurássico Inferior, relacionado à ruptura do Pangea e abertura do Atlântico Central. Associadas às rochas básicas de mesma idade que ocorrem nos demais continentes no entorno do referido oceano, as rochas da região de estudo constituem a Província Magmática do Atlântico Central (CAMP). Os objetivos deste trabalho foram o detalhamento da caracterização petrográfica e geoquímica destas rochas. Com base em aspectos mineralógicos e texturais foram individualizados três grupos que são diabásios, olivina-diabásios e olivina basaltos, onde os dois primeiros possuem granulação média e grossa além de uma ampla variação textural que no entanto, é dominantemente subofítica, enquanto os olivina basaltos são porfiríticos e possuem material desvitrificado. Os três grupos são compostos essencialmente por labradorita e pigeonita, enquanto minerais opacos e olivina (quando presente) são varietais e apatita é um acessório. Quanto aos aspectos geoquímicos, em diagramas de classificação estas rochas seguem um trend de basaltos a basaltos andesíticos de afinidade toleítica e com assinaturas geoquímicas, típicas de ambiente intracontinental, provavelmente derivadas de uma fonte mantélica enriquecida com limitada ou nenhuma contaminação crustal. Considerando a razão FeOt/MgO como índice de diferenciação em relação ao TiO2, a maior parte das rochas estudadas pode ser correlacionada ao grupo de toleítos com alto teor de Ti da CAMP, sendo necessários ainda um maior número de análises químicas, para uma correlação mais precisa.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Fácies e petrografia da sucessão jurássica superior (formação Pastos Bons) da bacia do Parnaíba, região de Floriano – PI(2016-09-30) CARDOSO, Alexandre Ribeiro; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998A fragmentação do supercontinente Gondwana durante o Triássico Superior ao Jurássico foi marcada por mudanças climáticas intensas, concomitantes à implantação de extensos sistemas desérticos/lacustres. Esses depósitos sucedem a colocação e extrusão de derrames vulcânicos, relacionados à fase pré-rift e abertura inicial do Oceano Atlântico Equatorial. Parte destes eventos está registrada na Formação Pastos Bons, exposta principalmente na porção sudeste da Bacia do Parnaíba, Nordeste do Brasil. As facies sedimentares foram agrupadas em duas associações de facies (AF), representativas de um ambiente lacustre. A associação de facies lacustre central (AF1) é composta por pelitos laminados, ritmitos arenito/pelito e arenito com laminação plano-paralela. Turbiditos distais (AF2) consistem em arenitos com laminação cruzada cavalgante supercrítica, arenitos com estratificação plano-paralela, arenitos maciços e arenitos com estruturas deformacionais. A AF1 foi gerada nas porções mais profundas dos lagos, caracterizadas por baixa energia, com influxos fluviais esporádicos. A AF2 sugere fluxos gravitacionais retrabalhados por fluxo combinado. Este conjunto esteve, provavelmente, ligado a um sistema de flysch-like delta front, alimentado por canais fluviais efêmeros, em fluxos hiperpicnais. A instalação dos lagos Pastos Bons foi controlada por áreas subsidentes, provavelmente, depocentros restritos. O predomínio de facies siliciclásticas e o contato lateral com o sistema desértico úmido da Formação Corda evidenciam uma atenuação climática, que gerou condições favoráveis à atividade biológica. Petrograficamente, os arenitos desta unidade podem ser classificados como subarcósios, com grãos de areia fina a média, subangulosos, bem a moderadamente selecionados. A diagênese destas rochas abrangeu os estágios eo- e mesodiagenético, com compactação mecânica, cimentação de dolomita e óxido de Fe e geração de poros secundários. As análises de difração de raios-X apontam, principalmente, esmectita e alto teor de feldspatos, que coadunam um clima árido a semiárido, com intemperismo químico incipiente. A assembleia de minerais pesados é caracterizada pela abundância a superabundância de minerais estáveis, o que evidencia a alta maturidade mineralógica destes depósitos. Apesar da pequena espessura e da distribuição restrita, a Formação Pastos Bons pode servir como um guia estratigráfico, uma vez que indica porções subsidentes no supercontinente Gondwana Oeste, anteriormente à ruptura continental pós-Jurássico.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Fácies, Petrografia e Geocronologia Pb-Pb da Formação Guia, Região de Paranatinga – MT(2015) ALENCAR, Quézia da Silva; SILVA JÚNIOR, José Bandeira Cavalcante da; http://lattes.cnpq.br/8615194741719443O Grupo Araras, de idade neoproterozóica, exposto no sul do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai Norte, centro-oeste do Brasil, representa uma sucessão carbonática com esporádicos níveis siliciclásticos. Estas rochas sobrepõem diamictitos da Formação Puga, relacionados às glaciações de baixa-latitude do Marinoan, inseridas no modelo de snowball Earth/slushball Earth. A parte inferior do Grupo Araras é composta pelas formações Mirassol d’Oeste e Guia, sendo esta última objeto de estudo deste trabalho e considerada como a porção calcária da capa carbonática Puga. A Formação Guia é constituída por calcários finos betuminosos, folhelhos betuminosos, pelitos e cementstones ricos em leques de cristais de calcita, pseudomorfos de aragonita. Esta unidade é amplamente descrita na borda sul do Craton Amazônico, regiões de Mirassol d’Oeste e Tangará da Serra, e ao longo da Faixa Paraguai, município de Nobres. A área de estudo situa-se na região de Paranatinga, aproximadamente 250 km a leste de Nobres, ainda fazendo parte da Faixa Paraguai. Na região de Paranatinga, a Formação Guia é constituída por uma sucessão de aproximadamente 15m de espessura, contínua lateralmente por aproximadamente 100 m, composta principalmente por calcários finos laminados, de coloração cinza a preto, além de arenitos subordinados e níveis de brechas carbonáticas. Foram descritas 6 fácies/microfácies sedimentares: a) Arenito com laminação cruzada hummocky (Ah); b) Folhelho com laminação de areia (Fl); c) Microesparito com grãos terrígenos (Mt); d) Pseudoesparito com terrígenos (Pt); e) Brecha com clastos tabulares (Bt) Rudstone, e; f) Brecha Calcária (Bc) Floatstone, divididas em duas associações de fácies. Associação 1 (AF1) representada por depósitos transicionais de shoreface/offshore e associação 2 (AF2) representada por depósitos de offshore. Análises isotópicas de Pb-Pb sugere idade de 476±93 Ma, que vai contra os dados de isótopos obtidos para a região de Tangará da Serra de 622±33 Ma. A idade de 476±93 Ma encontrada para a Formação Guia na região de Paranatinga, sugerem um evento pré-Ordoviciano, que teria deformado as unidades neoproterozóicas (Grupo Cuiabá, Formação Puga, Grupo Araras e Grupo Alto Paraguai), e estaria associado a formação da Faixa Paraguai Norte (?).Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Gás não convencional no Brasil: dificuldades e oportunidades(2017) COSTA, Joice Daise de Sousa; LUCZYNSKI, Estanislau; http://lattes.cnpq.br/9749970886455933Fatores tecnológicos e econômicos geraram uma revolução no setor petrolífero, a partir da exploração do shale gas (gás em folhelho). O sucesso dos Estados Unidos na exploração de suas reservas de gás natural fez com que os recursos não convencionais ganhassem maior importância, atraindo a atenção de muitos países, inclusive o Brasil. Este trabalho busca fazer a diferenciação entre os reservatórios de gás natural convencional e não convencional para, em seguida discutir as principais características destes tipos de reservatórios, dando ênfase aos reservatórios não convencionais, mostrando como são formados e a que tipo de rocha eles estão associados , além de falar sobre o método fracking (fraturamento hidráulico), utilizado para a exploração desses reservatórios. Posteriormente, mostra-se a atual situação do shale gas no Brasil, as principais bacias com potencial para exploração com base nos resultados da 12ª rodada de licitações, assim como as estimativas de reservas brasileiras. Ao final, o trabalho pretende mostrar a situação atual do gás não convencional no mercado brasileiro, avaliando os benefícios e as barreiras existentes para a exploração desse recurso, fazendo uma análise dos riscos ambientais e das condições necessárias para o aproveitamento desse recurso energético no Brasil.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Geologia, petrografia e reconstrução paleoambiental dos calcários recifais da Formação Tambaba, Eoceno da bacia da Paraíba, Brasil(2017) PRATA, Jaime Joaquim Dias; TÁVORA, Vladimir de Araújo; http://lattes.cnpq.br/8194934037520924Este trabalho trata da caracterização geológica, petrográfica e paleoambiental dos calcários recifais do Eoceno da Formação Tambaba, que afloram ao longo da faixa costeira do município de Conde, a sul da cidade de João Pessoa, Estado da Paraíba, sob a forma de quatro bioconstruções alongadas e paralelas à linha de costa, denominadas Jacumã-Carapibús, Tabatinga, Coqueirinhos e Tambaba. A partir da classificação litológica macroscópica, padrões geométricos e relações estratigráficas, foram definidos três estágios de acreção recifal, colonização (litofácies bafflestone), diversificação (litofácies framestone) e domínio (litofácies bindstone), que associados às superfícies de superposição recifal (litofácies boundstone estratificado) compunham o núcleo do recife, enquanto que a litofácies rudstone corresponde aos flancos recifais. O conteúdo biótico macroscópico identificado nestas bioconstruções apresenta baixa qualidade preservacional possivelmente devido à ação de processos diagenéticos (dolomitização e dissolução) e intempéricos, cuja composição taxonômica inclui quatro espécies de corais escleractíneos, duas de biválvios, uma de gastrópode, uma de alga rodófita e uma icnoespécie. O exame petrográfico revelou nove microfácies, nomeadas com base em seus aspectos texturais e composicionais, dolomudstone fossilífero nas camadas correspondentes ao núcleo recifal do estágio colonização, dolowackestone fossilífero, dolopackstone fossilífero, doloframestone e dolobindstone peloidal no núcleo recifal do estágio diversificação, dolomudstone com terrígenos referente às superfícies de superposição recifal, dolorudstone e dolofloatstone com intraclastos nos depósitos de flancos recifais, e por fim dolowackestone peloidal fossilífero no núcleo recifal do estágio domínio. O conteúdo biótico microscópico é representado principalmente por fragmentos de quatro táxons de algas calcárias rodófitas, um táxon de alga clorófita e outros morfotipos indeterminados, além de poríferos, corais, biválvios, gastrópodes e equinóides subordinados, bem como traços fósseis dos tipos pelotas fecais, estruturas de bioturbação e evidências de atividades de fungos e bactérias. A formação das rochas recifais da Formação Tambaba ocorreu em plataforma muito rasa sob condições de baixo influxo de terrígenos durante um pulso transgressivo, no qual a deposição dos espessos níveis de calcários do núcleo recifal e dos níveis delgados de hardgrounds equivalentes às superfícies de superposição recifal podem ser equivalentes, respectivamente, a períodos de subsidência e soerguimento do teto de um sistema de hemigráben, cuja instalação dos recifes se deu em uma margem topograficamente mais alta em uma rampa carbonática.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Granito Serra Alta, província aurífera do Tapajós: petrografia e microscopia eletrônica de varredura(2016) ARANTES, Letícia Briglia Ramos; VASQUES, Marcelo Lacerda; http://lattes.cnpq.br/4703483544858128; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281O Granito Serra Alta (GSA) é representado por um batólito de aproximadamente 35 km de comprimento por 1,0 km de largura, alongado na direção NW-SE e aflorante às proximidades do Rio Tocantinzinho; encontra-se encaixado entre rochas do Complexo Cuiú-Cuiú e das suítes Creporizão e Parauarí. Está localizado na porção centro-norte da Província Aurífera do Tapajós (PAT), na porção mais oriental do Domínio Tapajós (DTJ), próximo ao limite com o Domínio Iriri-Xingu. O Granito Serra Alta é formado dominantemente por rochas sienograníticas e quartzo-sieníticas, isotrópicas, de coloração rosada, leucocráticas a hololeucocráticas de granulação média a grossa, constituídas essencialmente por feldspato-alcalino, quartzo e plagioclásio, contendo rara biotita e anfibólio cloritizados como minerais varietais, além de zircão, apatita, allanita e minerais opacos como principais fases acessórias. É correlacionado aos sienogranitos e feldspato-alcalina-granitos da Suíte Intrusiva Maloquinha, os quais apresentam idade de cristalização Pb-Pb em zircão em torno de 1,88 Ga e grande distribuição na PAT. Estudos petrográficos que tiveram como base descrições macroscópicas, microscópicas e análises de MEV/EDS possibilitaram a separação preliminar do granito em três fácies petrográficas distintas: anfibólio-biotita-sienogranito (ABSG), biotita-sienogranito (BSG) e anfibólio-biotita-quartzo-sienito (ABQS),sendo as rochas das fácies ABSG e BSG mais recorrentes ao longo do corpo, sobretudo na sua porção NW, enquanto as rochas da fácies ABQS ocorrem mais pontualmente nas porções central e SE do corpo.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Metamorfismo das rochas máficas das regiões da serra do Tapa, Arapoema/Pau D’Arco, Juarina e Araguacema, Cinturão(2016) CRUZ, Danilo José do Nascimento; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502Suítes ofiolíticas encontradas no Cinturão Araguaia, unidade geotectônica do Neoproterozóico, vêm sendo caracterizadas ao longo dos anos por pesquisadores do Grupo de Pesquisa “Petrologia e Evolução Crustal”/CNPq-UFPA. Uma vez que havia uma carência de estudos com abordagem do ponto de vista metamórfico, o presente trabalho estudou as rochas máficas pertencentes aos corpos ofiolíticos das regiões da Serra do Tapa, Arapoema/Pau D’Arco/Juarina e Araguacema com o fim de identificar as transformações metamórficas e classificá-las em termos de fácies e condições de pressão e temperatura. Iniciou-se o trabalho com uma pesquisa bibliográfica, após, um levantamento dos materiais referentes às quatro áreas-alvo de estudo, incluindo lâminas delgadas, e depois, o levantamento de bases cartográficas e geológicas. A partir da análise petrográfica e mineralógica dessas rochas, foi possível identificar metabasaltos hipovítreos para a região da Serra do Tapa contendo uma paragênese composta por Act + Ep + Ab + Chl; metabasaltos hipovítreos para a região de Arapoema/Pau D’Arco com um paragênese constituída por Ab + Ep + Chl; metabasaltos hipocristalinos para a região de Juarina com uma paragênese formada por Act + Ep + Ab+ Chl + Bt + Mt; e, por fim, em Araguacema, encontrou-se os litotipos basalto hipovítreo e metabasalto com fragmentos líticos, este último contendo uma paragênese composta por Ep + Ab + Chl + Ser ± Qtz. A partir das associações obtidas, foi possível confirmar a atuação do metamorfismo nas áreas-alvo. Estimou-se condições metamórficas na fácies xisto verde inferior, com temperaturas entre 250 e 300°C e pressões abaixo de 4 kb para as regiões da Serra do Tapa, Arapoema/Pau D’Arco e Araguacema; e na fácies xisto verde superior (zona da biotita), com temperaturas de aproximadamente 400ºC e mesmas condições de pressões para a região de Juarina. A análise microestrutural evidenciou a presença de microtexturas causadas por deformação rúptil por fluxo cataclástico e por deformação dúctil por plasticidade cristalina. Com a junção e interpretação de todos esses dados, percebeu-se que as condições metamórficas e o nível de deformação nos metabasaltos aumentam de oeste para leste, o que está de acordo com a literatura científica acerca do metamorfismo regional que afeta o Cinturão Araguaia.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Origem dos níveis de brechas da Formação Guia, Tangará da Serra, MT(2013-04-08) CUNHA, Lucas Noronha; SOARES, Joelson Lima; http://lattes.cnpq.br/1345968080357131A Formação Guia (Grupo Araras) é constituída por calcários finos betuminosos, folhelhos e brechas calcárias, localmente dolomitizados que registram ambientes de águas profundas, supersaturadas em CaCO3. A base desta unidade compõe a capa carbonática relacionada ao último evento glacial do Criogeniano (635 Ma) no Brasil. Níveis de brechas são comumente encontrados nos calcários da Formação Guia na região de Tangará da Serra, estado de Mato Grosso. Brechas carbonáticas são geralmente complexas quanto à interpretação dos processos geradores. Eventos tectônicos, fluxos gravitacionais e exposição subaérea são os principais processos formadores de brechas em rochas carbonáticas. Desvendar qual a origem dos níveis de brechas na área de estudo é um dos principais objetivos deste trabalho. Estudos petrográficos e geoquímicos (MEV e difração de raios X) têm sido alguns dos métodos utilizados para determinar as condições diagenéticas e/ou deposicionais que formaram as brechas. Nesse trabalho foi realizada a descrição dos constituintes deposicionais (clastos e matriz) e diagenéticos (cimentos e substituições) de dois níveis de brechas e a interpretação dos processos que as geraram. O primeiro nível foi descrito próximo ao contato entre as formações Mirassol d’Oeste (dolomitos finos) e Guia, consiste de uma brecha carbonática de arcabouço aberto, formando zonas descontínuas de até 3m de espessura, apresenta clastos de diferentes litotipos como dolomitos, calcários e arenitos. Os clastos são angulosos, mal selecionados e apresenta-se disposto de forma caótica sem nenhuma orientação preferencial. A matriz é composta de calcita microcristalina de cor vermelha e maciça. São também descritos nesse nível de brecha: cimento carbonático fibroso, feições de dissolução como poros vugs, concreções de composição ferro-manganesífera, conchas de gastrópodes e espeleotemas. O segundo nível descrito está posicionado na porção central da Formação Guia e consiste de brechas carbonáticas intraformacionais de arcabouço aberto e fechado com até 4m de espessura, seus clastos correspondem a fragmentos de argilitos e calcários pertencentes à Formação Guia. Os clastos são predominantemente angulosos, mal selecionados, retangulares e tabulares, em geral estão dispostos de forma caótica, porém na porção basal, próximo à rocha encaixante os clastos apresentam uma disposição paralela ao contato e tendem a concentrar-se em maior abundância na parte inferior do nível. A matriz é maciça, de cor vermelha e composição predominantemente de calcita, apresenta-se com cristais grossos de calcita com feições de dolomita barroca e drusas de calcita e dolomita barroca desdolomitizada. Localmente, a brecha também apresenta cimento carbonático constituído por cristais de calcita espática e romboedros de dolomita entre os clastos. O primeiro nível é interpretado como resultado de processos cársticos associados a movimentos tectônicos de soerguimento que expuseram as rochas a zona vadosa. A presença de depósitos descontínuos contendo espeleotemas, concreções ferro-manganesíferas e poros de dissolução dentro de camadas de rochas carbonáticas são comumente interpretados como feições de exposição subaérea. A presença de conchas de gastrópodes não fossilizadas sugerem que os processos de formação da caverna ocorreram no Holoceno. O segundo nível é interpretado como preenchimento de diques neptunianos formados a partir de fraturamento e dilatação de calcários da Formação Guia gerada por sismicidade. A ocorrência do cimento de calcita magnesiana sugere cimentação em águas marinhas enquanto que a presença de dolomita romboédrica é provavelmente produto de substituição da matriz micrítica e da calcita espática. Dolomitas barrocas indicam que fluidos hidrotermais afetaram as brechas durante a mesodiagênese. Processos de desdolomitização podem estar associados a condições de telodiagênese. Estas brechas que preenchem diques neptunianos estão associadas a uma zona de dobras e falhas entre zonas sem deformação. Não foram identificadas feições que indiquem exposição subaérea, portanto a formação das brechas neste nível está provavelmente associada a processos tectônicos, como abalos sísmicos em ambiente de soterramento.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e aspectos diagenéticos dos arenitos da Formação Corda e da Formação Mosquito, jurássico-cretáceo da bacia do Parnaíba, região de Montes Altos (MA)(2015) GARCIA, Felipe Rudá de Magalhães; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998A análise petrológica das rochas siliciclásticas da parte basal da Formação Corda (Cretáceo Superior) foi realizada em amostras de afloramentos e de testemunhos de sondagem coletadas na porção central da Bacia do Parnaíba, região de Formosa da Serra Negra e Montes Altos, Estado do Maranhão, Norte do Brasil.Os estudos petrográficos foram concentrados em amostras coletadas próximo ao contato com a Formação Mosquito (Jurássico Superior) que sotopõe a Formação Corda. Dois tipos de arenitos foram classificados: 1) quartzoarenitos, com aproximadamente 96% de grãos de quartzomonocristalinos e policristalinos arredondados a subarredondados; e 2) sublitoarenitos, compostos por grãos de areia muito fina a média e moderadamente selecionados. Os grãos apresentam-se subangular a subarredondados, a forma dos grãos é modificada pelo intercrescimento de quartzo. A mineralogia é composta por quartzo em uma proporção de 81% com extinção ondulante forte apresentando intercrescimento. Os fragmentos de rocha são o segundo componente dominante na rocha com proporção 10,5% e são compostos de rochas vulcânicas e pelíticas. Os feldspatos são representados por plagioclásio e microclina em proporção menor que 3%. Os grãos exibem predominantemente contatos retilíneos na maioria e curvos com menor frequência. Os constituintes secundários do arcabouço da rocha são representados pelos cimentos poiquilotópicode zeólita, de calcita e de óxido/hidróxido de ferro. Ambos os tipos de arenitos analisados por difratograma de raios-X apresentaram picos moderados de zeólita. A caulinita é predominante em todas as fácies enquanto a esmectita foi observada apenas nos depósitos de duna eólica. Enquanto a caulinita indica a presença de água no sistema, enquanto a esmectita parece indicar clima árido coadunando com o paleoambiente desértico úmido para a Formação Corda. As fácies desta unidade foram agrupadas em quatro associações de fácies: fluvial entrelaçado, lençóis de areia, campo de dunas e lobos de suspensão. Os arenitos apresentaram os seguintes processos diagenéticos: infiltração mecânica de argila, cimentação por óxido-hidróxidos de ferro e calcita,sobrecrescimento de quartzo, compactação mecânica/química e geração de porosidade secundária.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e evolução diagenética no contato entre as Formações Raizama e Sepotuba, Neoproterozóico do sudoeste do Cráton Amazônico, região de Glória d’Oeste, MT(2016) BEZERRA JÚNIOR, Alexandre Castelo Branco; SILVA JÚNIOR, José Bandeira Cavalcante da; http://lattes.cnpq.br/8615194741719443O Grupo Alto Paraguai situado no estado do Mato Grosso, é composto por rochas siliciclásticas que foram depositadas na Faixa Paraguai e na porção sudoeste do Cráton Amazônico no final do Ciclo Brasiliano/Pan-Africano, na transição Ediacano-Cambriano (~541 Ma). Intensos processos diagenéticos mudaram consideravelmente o arcabouço das rochas depositadas em ambiente plataformal, aflorantes na Pedreira Império, região de Glória d’Oeste, referentes as porções superior da Formação Raizama e inferior da Formação Sepotuba. Este trabalho aborda a petrografia das rochas que afloram na Pedreira Império, tomando como base a proposta de associação de fácies (AF), de trabalhos publicados recentemente, descritas como: associação de fácies 1 (AF1) – Shoreface dominado por ondas e tempestades; AF2 – Fluvial entrelaçado distal; e AF3 - Planície de maré. Análises petrográficas revelaram processos de dolomitização seguidos de dissolução, caracterizado pela existência de megaporos, que é diretamente associado a geração de feições cárticas, observadas próximas ao contato entre as AF1 e AF2. O estudo petrográfico das rochas siliciclásticas das formações Raizama e Sepotuba permitiu estabelecer a ordem dos principais eventos diagenéticos que as afetaram: 1) compactação mecânica 2) cimentação de sílica 3) dolomitização 4) Dissolução 5) Precipitação de cristais carbonáticos autigênicos dentro das cavernas. As rochas foram classificadas como, AF1: dolomitos, dolomitos com terrígenos, quartzo-arenitos com cimento carbonático e subarcósio com cimento carbonático; AF2: dolomitos; AF3: dolomito com terrígenos e quartzo-arenitos.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e geoquímica do granito Porto Grande, SE do Escudo das Guianas-AP(2015) COELHO, Dayane do Nascimento; LAFON, Jean Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645; COSTA, Lúcia Travassos da Rosa; http://lattes.cnpq.br/3352314623448523A porção sudeste do Escudo das Guianas, na borda oriental do Cráton Amazônico, foi objeto de estudo do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, através do Projeto Geologia da Folha Macapá (BARBOSA ET AL. 2013). Durante o mapeamento geológico da Folha Macapá pelo do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, uma importante contribuição foi a definição de um pluton granítico, designado de Granito Porto Grande, o qual foi datado pelo método de evaporação de Pb em zircão em 1,84 Ga, por Barbosa et al. (2013). A área selecionada para este trabalho, que engloba o Granito Porto Grande, está localizada na porção nordeste da Folha Macapá, nas proximidades da cidade de Porto Grande. Os dados geoquímicos, gamaespectométricos e petrográficos produzidos neste estudo, adicionados a informações da literatura, permitem algumas considerações que contribuem para a compreensão do magmatismo do Granito Porto Grande. Os dados químicos demonstraram que as rochas do Granito Porto Grande são subalcalinas, de natureza peraluminosas, e têm características que se assemelham aos granitos Tipo-S, derivados de protólitos sedimentares ou metassedimentares. A interpretação de imagens gamaespectométricas revelou a alta radiação no canal do Th e U e moderada no canal do K, o que é compatível com a natureza das rochas (granitos). Os dados petrográficos permitiram o reconhecimento de duas litofácies no Granito Porto Grande, os Biotita sienogranitos, de maior expressão no corpo, e os Biotita monzogranitos, ambos com expressiva deformação dúctil sugerindo que este corpo tem caráter sin-tectônico. Diante disso, é possível sugerir que após 1,99 Ga, o limite inferior aceito para a atuação do Ciclo Transamazônico, o Bloco Amapá foi afetado por um evento tectono-termal, evidenciado pela colocação do Granito Porto Grande, considerando-se que idades em torno de 1,84 Ga ainda não são conhecidas província.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e geoquímica dos granitos pedra do sal e jurema, Parnaíba – Piauí(2015) ARAGÃO, Arthur Jeronimo Santana; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502A região costeira do Estado do Piauí é composta por depósitos sedimentares do paleozoico da Bacia do Parnaíba. Esta região está inserida entre duas grandes unidades geológicas/geotectônicas importantes, que são, a Província Borborema o fragmento cratônico São Luís. A oeste da área está localizado o fragmento cratônico São Luís, que é formado por rochas granitóides e sequências metavulcanosedimentares do Paleoproterozoico, expostas em janelas erosivas e tectônicas em meio a rochas sedimentares. O fragmento cratônico São Luís é margeado pelo Cinturão Gurupi do Neoproterozoico. Já a leste da área encontra-se a Província Borborema, caracterizada pela complexidade e variedade de rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, que representam importantes marcadores temporais de processos geológicos de várias naturezas e tipos. Neste trabalho foram estudados os granitos Pedra do Sal e Jurema, que são corpos isolados pela cobertura de rochas sedimentares da região, e expostos através de janelas erosivas. Do ponto de vista petrográfico, o Granito Pedra do Sal foi descrito como uma rocha fanerítica de granulação grossa, textura granítica, e classificada como biotita-hornblenda monzogranito, e possuindo, ainda, faixa milonítica que modificou a trama de forma local. Já o Granito Jurema é petrograficamente descrito como uma rocha fanerítica de granulação média, e textura granítica com deformação acentuada, e classificada como muscovita-biotita microsienogranito. Quanto aos aspectos geoquímicos, o Granito Pedra do Sal mostrou-se metaluminoso, do tipo I, com assinatura geoquímica de ambiente tectônico de intraplaca tardi-orogênico, enquanto o Granito Jurema é peraluminoso do tipo S, formado em ambiente arco magmático sin-colisional, e ambos apresentaram assinaturas de ETR’s com moderado a forte fracionamento, mais acentuado nos leve (TRL) e suave anomalia em európio. Em termos conclusivos os dois granitos não apresentam semelhanças significativas para correlaciona-los, e também divergem nos aspectos petrográficos do Granito Chaval, que é o granito de maior relevância que aflora na região, entretanto, mostram-se semelhantes nos aspectos petrográficos e geoquímicos aos granitos do fragmento cratônico São Luís e Cinturão Gurupi, como o Granito Negro Velha, que é um monzogranito com anfibólio e biotita, metaluminoso do tipo I, formado em ambiente tarde tectônico, e granitos a duas micas, peraluminosos tipo S da Suíte Tracuateua que se assemelham ao Granito Jurema.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e proveniência da Formação Gorotire, com base na avaliação de testemunhos de sondagem (FD162), proterozóico da Serra do Carajás(2018-12-07) AZEVEDO, João Vicente Tavares Calandrini de; SILVA JÚNIOR, José Bandeira Cavalcante da; http://lattes.cnpq.br/8615194741719443Os testemunhos estão inseridos no contexto do Cráton Amazônico que possui área de 4.500.000 Km2. Neste se localiza a Província Mineral Carajás, sendo o maior núcleo arqueano preservado, a sudeste do estado do Pará. É composta pelos domínios Rio Maria, ao sul e Carajás, ao norte, os quais são divididos pelo Domínio de transição. A aquisição de dados contou com a utilização de bibliografia, análise de fácies, difração de raio-x e catodoluminescência. A testemunhagem foi realizada na região da Serra do Rabo a sudoeste do granito Rancho Alegre (2,743 +- 1,6) e a extremo sudeste do granito arqueano estrela (2,763 +- 7), ambos neoarqueanos. A Formação Gorotire é uma unidade paleoproterozóica com características distintas da Formação Águas Claras e apresenta cores vermelhas a marrons com estratificações cruzadas acanaladas, estratificações plano-paralelas, inclinadas com angulos de 50 a 70 (subparalelas), e estruturação maciça. As amostras são texturalmente e composicionalmente imaturas com granulometria areia média a grossa, com grãos subangulosos a angulosos, pobremente selecionadas. Neste trabalho foram descritas quatro fácies sedimentares, resultando em uma associação de fácies: Canais fluvias entrelaçados proximais. A partir das técnicas de raio-X e catodoluminescência foram determinados os constituintes principais da unidade e sua área fonte, respectivamente. Os clastos, que são alvo do trabalho, são de origem sedimentar, ígnea e metamórfica, sendo os clastos de quartzo de grande importância, pois ajudaram a inferir a fonte dos sedimentos que se mostrou homogênea, a partir de granitoides nearqueanos de composição TTG, rochas, sedimentares, metassedimentares, ígneas e químicas. A deposição dos sedimentos se deu em ambiente de canais fluviais próximos com fonte originada de granitóides e rochas sedimentares arqueanas, além de sequências metassedimentares.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia, geoquímica e geocronologia dos Riolitos do noroeste do Ceará – Alvos: Penanduba, Mumbaba e Jordão(2010) FEITOSA, Jeremias Vitório Pinto; MOURA, Candido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979Os chamados Riolito Penanduba (FRE-02), Riolito Mumbaba (SOB-02) e Riolito Jordão (SOB-05), alvos deste estudo, localizam-se inseridos no contexto da Província Borborema (PB), estado do Ceará. Em geral, essas rochas apresentam características semelhantes, petrograficamente são rochas porfiríticas com teores que variam de 68 a 75% de SiO2, classificadas como riolitos porfiríticos, e no caso do alvo Penanduba um riolito pórfirítico milonitizado, em virtude de suas características. Os dados geoquímicos permitiram a classificação dessas rochas como riolitos, metaluminosos e pertencentes à série shoshonítica. Os elementos Terras Raras no diagrama mostram um padrão entrelaçado para as amostras, evidenciando um maior enriquecimento de ETR Leves em relação aos ETR Pesados com uma pequena anomalia de Eu. A geocronologia não possibilitou a definição da idade de cristalização dessas rochas, entretanto os dados mostraram que o material precursor de algumas dessas rochas podem ter uma gênese comum, em virtude de que as idades de 1,72 Ga., do alvo Penanduba e, 1,88 Ga. do alvo Mumbaba são próximas. Já para o alvo Jordão, os cristais de zircão acusaram idades entre 2,3 e 2,6 Ga., diante disso, é mais plausível pensar na possibilidade de que os cristais de zircão dessas rochas são “herdados”, uma vez que a cristalização desses corpos deve ter ocorrido no final do Neoproterozóico.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrologia magnética e química mineral dos granitos da Suíte Planalto de Canaã dos Carajás, Província Carajás(2013) CUNHA, Ingrid Roberta Viana da; FEIO, Gilmara Regina Lima; http://lattes.cnpq.br/9344671380219647; DALL'AGNOL, RobertoA Suíte Planalto é composta por diversos plutons graníticos de idade neoarqueana (~2.73 Ga) e caráter ferroso e afinidade tipo-A, que ocorrem no Domínio Carajás da Província Carajás. Estudos de suscetibilidade magnética (SM) realizados em 78 amostras representativas de seis diferentes plutons e de um stock, localizados na área de Canaã dos Carajás forneceram valores de SM variáveis, os quais permitiram distinguir três populações reunidas em dois grupos com base em suas características petrológicas: (1) Grupo que engloba as populações A e B que apresentam valores de SM no intervalo de 0,0102x10-3 a 0,6247x10-3 SI (Sistema Internacional); (2) Grupo formado pela população C que se distingue do anterior por apresentar os mais altos valores de SM, variando entre 0,8036x10-3 e 15,700x10-3 SI, indicativos de conteúdo significativo de magnetita em sua composição modal. Nas populações A e B, de mais baixa SM, o mineral opaco presente é ilmenita, enquanto que nas amostras da população C além da ilmenita tem-se efetivamente a ocorrência de magnetita como fase expressiva, enquanto que pirita, calcopirita e hematita (produto de martitização da magnetita) são subordinadas. Análises semiquantitativas (EDS) realizadas em anfibólios e biotitas de amostras dos dois grupos permitiram a classificação preliminar desses minerais e uma estimativa dos parâmetros de fugacidade de oxigênio atuantes durante a cristalização da Suíte Planalto. As amostras do grupo 1 se formaram em condições reduzidas, por outro lado o comportamento magnético da população C é aparentemente contraditório com a alta razão FeOt/(FeOt+MgO) > 0,9 em rocha total típica de granitos reduzidos. Entretanto, isso pode ser explicado se for admitido que as rochas do grupo 2 se formaram em condições de fugacidade de oxigênio equivalentes às do tampão FMQ ou ligeiramente acima do mesmo, enquanto que às do grupo 1 teriam formado em fugacidade inferior à do tampão FMQ. Análises por EDS em zircões nas diferentes variedades revelam altas razões Zr/Hf (~30), típicas de granitos não-especializados. Estudo comparativo entre o Complexo Granítico Estrela e a Suíte Planalto em termos de petrografia, petrologia magnética e química mineral revela que tais granitos são muito similares tendo evoluído em condições análogas.