As mulheres ribeirinhas e os estudos acadêmicos sobre violência

dc.contributor.advisor1SOUZA, Luanna Tomaz de
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5883415348673630pt_BR
dc.contributor.advisor1ORCIDhttps://orcid.org/0000-0002-8385-8859pt_BR
dc.creatorNASCIMENTO, Gabriela da Silva
dc.date.accessioned2024-11-26T17:05:28Z
dc.date.available2024-11-26T17:05:28Z
dc.date.issued2024-11-04
dc.description.abstractThe research aimed to analyze how academic studies address the issue of domestic violence against women living on the banks of waterways, referred to here as "ribeirinha women." In this way, it critically discussed the evolution of public policies aimed at combating this violence, considering how it became a public issue, especially through the struggle of feminist organizations, and how the state has been implementing them. The historical milestone that delimits the research is the "Maria da Penha Law" (Law No. 11.340) of 2006. The methodology has a bibliographic research character, utilizing the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations portal. Consequently, to organize the research, a list of descriptors was created to categorize and obtain necessary data. From the data entered in the spreadsheet, the main criterion for filtering was whether the work applied to the social theoretical debate regarding women (as many works mention women—specifying ribeirinha women, even—yet under a biological perspective, primarily addressing issues related to health). As a result, it was noted that the majority of theses and dissertations mentioning ribeirinha women were written by other women; however, there is a significant lack of focus on gender issues in many of the texts. In general, these works do not discuss ribeirinha women and their intersections of gender identity, territory, race and/or ethnicity, sexuality, and class. Much of the research limits these women to their work and what they produce. When they do not do so, they reduce them to their reproductive roles, i.e., their status as mothers. Both limitations are facets of the capitalist system and, therefore, of colonialism, which the sociocultural population to which these women belong is still strongly affected by, according to Brazil's historical context. Thus, it was concluded that there is a lack of specific studies focused on these women (ribeirinhas) and their vulnerabilities to violence, confirming that academia persists in a colonial logic of epistemicide, rendering them invisible and contributing to a culture of systematic and colonial oppression.pt_BR
dc.description.resumoviolência doméstica contra mulheres que vivem às margens das águas, aqui sendo definidas pelo termo "mulheres ribeirinhas”. Desse modo, discorreu-se criticamente sobre a evolução de políticas públicas de enfrentamento à essa violência, considerando em como ela virou um problema público, especialmente por meio da luta das organizações feministas, e como o Estado as vêm implementando. O marco histórico de delimitação da pesquisa parte da “Lei Maria da Penha” (Lei nº 11.340) de 2006. A metodologia tem caráter de pesquisa bibliográfica, sendo utilizado o portal Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Por conseguinte, para organização da pesquisa foi criada uma lista de descritores, a fim de categorizar e obter dados necessários. A partir dos dados alimentados na planilha, foi utilizado como principal critério para a filtragem se o trabalho se aplicava ao debate teórico social em relação às mulheres (Pois vários trabalhos mencionam mulheres – especificando mulheres ribeirinhas, até mesmo – no entanto, sob um viés biológico, para tratar de assuntos relacionados principalmente à área da saúde). Como resultado, foi possível notar que a maioria das teses e dissertações que citam mulheres ribeirinhas, foram escritas por outras mulheres, porém, não há – em grande número dos textos – centralidade no debate de gênero. Em geral, esses trabalhos não falam sobre mulheres ribeirinhas e seus atravessamentos de identidade de gênero, território, raça e/ou etnia, de sexualidade e de classe. Boa parte limita essas mulheres ao trabalho e ao que é produzido por elas. Quando não nesse sentido, as reduzem a sua reprodução, ou seja, sua condição como mãe. Ambas limitações são facetas do sistema capitalista e, logo, do colonialismo, o qual a população em que essas mulheres estão inseridas socioculturalmente, ainda são fortemente afetadas, de acordo com a construção histórica brasileira. Assim, chegou-se à conclusão da falta de estudos específicos voltados para essas mulheres (ribeirinhas) e suas vulnerabilidades à violência, verificando que a Academia persiste numa lógica colonialista de epistemicídio, as invisibilizando e contribuindo para uma cultura de opressão sistemática e colonial.pt_BR
dc.identifier.citationNASCIMENTO, Gabriela da Silva. As mulheres ribeirinhas e os estudos acadêmicos sobre violência. Orientadora: Luanna Tomaz de Souza. 2024. 16 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Direito) – Faculdade de Direito, Instituto de Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7487. Acesso em:.pt_BR
dc.identifier.urihttps://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7487
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.source.uriDisponível na internet via SAGITTApt_BR
dc.subjectMulheres ribeirinhaspt_BR
dc.subjectViolência domésticapt_BR
dc.subjectEstudos acadêmicospt_BR
dc.subjectRibeirinha womenpt_BR
dc.subjectDomestic violencept_BR
dc.subjectAcademic studiespt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITOpt_BR
dc.titleAs mulheres ribeirinhas e os estudos acadêmicos sobre violênciapt_BR
dc.typeTrabalho de Curso - Graduação - Artigopt_BR

Arquivo(s)

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
TC_Artigo_MulheresRibeirinhasEstudos.pdf
Tamanho:
170.4 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.84 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição:

Aparece na Coleção