Negra Li e o RZO: uma análise sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no Movimento Hip Hop

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Tipo de Documento

Trabalho de Curso - Graduação - Monografia

Data

08-04-2025

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OLIVEIRA, Izabelle Rego. Negra Li e o RZO: uma análise sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no Movimento Hip Hop. Orientador: Wesley Garcia Ribeiro Silva. 2025. 36 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em História) – Faculdade de História, Campus Universitário de Ananindeua, Universidade Federal do Pará, Ananindeua, 2025. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/handle/prefix/8334. Acesso em:.
Esta pesquisa discute a análise das dificuldades encontradas pelas mulheres para a inserção no movimento Hip hop a partir da figura da cantora e rapper Negra Li, durante a sua entrada até a sua saída do grupo RZO (1996 - 2004). Destacam-se, primeiramente, a constituição do rap no contexto paulistano e as inquietações sobre o novo ritmo que chegava ao Brasil será um importante ponto de partida, pois a partir da definição do que é o rap, do funk falado e dos elementos que cercam o movimento da subcultura juvenil anti-sistema enquanto uma ferramenta de contestação do status quo também foi um espaço importante para a disseminação de preconceitos contra as mulheres. Nesse contexto, a análise da carreira da cantora Negra Li se torna um mecanismo para compreensão sobre o fenômeno de ocupação das mulheres nos segmentos da cultura hip hop, sua inserção em um grupo que carrega símbolos masculinizantes até na nomenclatura, a Rapaziada da Zona Oeste vai inaugurar na vida de Liliane de Carvalho, a necessidade de desenvolver mecanismos de defesa para a consolidação da sua carreira como backing vocal, e depois como intérprete, carreira que outras figuras femininas na cena também compartilharam. Na expressão das vivências por meio do rap, será necessário deixar em segundo plano o que tradicionalmente é considerado feminino para obter o respeito dos colegas homens e evitar o assédio, que será recorrente até nas revistas especializadas no movimento hip hop, adaptar suas vestimentas ao mundo masculinizante do rap nem sempre garantirá que as mulheres tenham liberdade para subir nos palcos e ressignificar o cotidiano periférico expresso nas letras tendo como base a perspectiva feminina, uma lacuna significativa está presente na análise grupos de rap femininos quando o rap invade o centro de São Paulo e depois para a periferia. Enquanto os rappers expressavam em suas letras valores morais e sociais sobre o sexo feminino, as mulheres utilizavam o rap como mecanismo de empoderamento contra o machismo e o sexismo frequentes no cotidiano delas, além de relatarem suas experiências enquanto mães, trabalhadoras, namoradas e artistas. A pesquisa finaliza a análise no ano de 2004, com a saída da cantora Negra Li do RZO, relatando os desafios femininos e as significativas contribuições que ela e outras artistas trouxeram para o cenário do rap.

Fonte

Disponível na internet via Sagitta

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