Perfil clínico, epidemiológico e laboratorial de crianças com leishmaniose visceral, internadas no Hospital Universitário João De Barros Barreto, no período de janeiro de 1993 a dezembro de 2003

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01-01-2006

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ALMEIDA, Augusto Cesar Costa de; GOMES, Victor Hugo Guerreiro Américo; TABOSA, Yuri Ferreira. Perfil clínico, epidemiológico e laboratorial de crianças com leishmaniose visceral, internadas no Hospital Universitário João De Barros Barreto, no período de janeiro de 1993 a dezembro de 2003. Orientador: José Ângelo Barletta Crescente. 2006. 63 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4707. Acesso em:.
A situação epidemiológica da leishmaniose visceral, no estado do Pará, nos últimos anos, mostrou que todo o trabalho que vem sendo desenvolvido não foi suficiente para evitar a expansão da doença, levando a crer que as medidas empregadas não foram efetivas. Sabendo que os indivíduos na faixa etária pediátrica representam a maioria dos casos de leishmaniose visceral, e que esta doença é potencialmente grave se não tratada de maneira apropriada e sem demora, faz-se necessário estudar o perfil clínico e epidemiológico das crianças acometidas em nossa região, para que dessa forma o diagnóstico possa ser feito de maneira precoce, diminuindo assim a morbidade e mortalidade da doença. Para isto, foi realizado um estudo observacional, transversal, retrospectivo, a partir da análise de prontuários médicos de pacientes internados no Hospital Universitário João de Barros Barreto, no período de janeiro de 1993 a dezembro de 2003, em Belém, Pará. Foram incluídos no estudo 252 pacientes na faixa etária de 0 a 12 anos, provenientes de municípios paraenses (casos autóctones), com o diagnóstico, no momento da alta, de leishmaniose visceral. Observou-se que o sexo masculino foi o mais prevalente, correspondendo a 58,7% dos indivíduos e a faixa etária com maior concentração de pacientes foi a de 1 a 4 anos de idade (69% dos casos). O município paraense com maior procedência de casos foi Mocajuba, com 25 indivíduos (9,92%). Constatou-se que a maioria dos pacientes (69%) estava doente há mais de 2 meses no momento da internação. Entre as manifestações clínicas, predominaram, em mais de 90% dos casos, a distensão abdominal, as visceromegalias, a febre e a palidez cutâneo-mucosa. O aumento do fígado e do baço guardou relação com o tempo de duração da doença, predominando o primeiro sobre o segundo. Complicações infecciosas estiveram presentes em 105 pacientes (41,66%), merecendo destaque a pneumonia, observada em 29,36% dos casos. A alteração hematológica mais freqüente foi a anemia, presente em 92,06% dos pacientes. A taxa de letalidade observada foi 3,17%, sendo as infecções e os fenômenos hemorrágicos os eventos mais associados ao óbito. Os autores alertam a necessidade do conhecimento das características clínico-epidemiológicas da leishmaniose visceral no estado do Pará, em especial os sinais de gravidade e suas complicações, para que possa haver o correto diagnóstico e tratamento precoce da doença.

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