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Navegando IG - Instituto de Geociências por Orientador "ASP NETO, Nils Edvin"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Modificações morfológicas de curto período em uma praia de macromaré do litoral Amazônico (Pará / Brasil)(2011) PENA, Marcelo Rodrigo dos Anjos; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994As características morfossedimentares e padrões morfológicos, sedimentares e hidrodinâmicos sazonais de diversas praias da costa norte paraense já foram estudadas por vários autores. Porém, os estudos sobre a dinâmica de curto período desses ambientes são escassos na literatura científica. Assim, o presente trabalho objetiva a verificação de sistemas atuantes, dominantes e/ou presentes na praia da vila dos pescadores de Ajuruteua, bem como a caracterização da praia em um curto período. Para tanto foram realizadas campanhas de campo por quinze dias consecutivos onde foram levantados perfis topográficos, juntamente com coletas de sedimento de superfície. O perfil topográfico foi levantado com a utilização de nível automático e mira, em dois locais distintos, numa região abrigada da ação de ondas, somente com influência de maré e numa região exposta à ação tanto de ondas quanto da maré. A coleta de sedimentos foi realizada na linha de baixa-mar por ser a região que apresenta maior fidelidade aos processos ocorrentes no local, tais como, ação das correntes, ventos e marés de enchente e vazante, assim as amostras foram coletadas no período de baixamar. Os resultados demonstraram que de forma geral o perfil exposto se apresentou erosivo e o abrigado deposicional ao longo do período analisado, ressaltando que as maiores variações foram episódicas em ambos os perfis, como resultado de oscilações climáticas. Os resultados obtidos também demonstram a relevância de variações morfossedimentares em escala de horas e dias em praias amazônicas, bem como a sua dependência do grau de exposição a ondas e ventos.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Variação morfológica e sedimentar em praias da ilha de algodoal ( Litoral Amazônico )(2010) SOUSA, Lygia Nassar; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994A zona costeira é uma área extremamente dinâmica, e a sua morfologia depende de fatores climatológicos, geológicos e físicos. É neste contexto em que se enquadra a Ilha de Algodoal, localizada no nordeste paraense (litoral amazônico), área de estudo do presente trabalho. Com o objetivo de compreender a morfodinâmica praial local, foram avaliadas duas praias - Praia da Princesa e Praia da Caixa D’Água, incluindo perfis topográficos e análises granulométricas de diferentes períodos ao longo de um ano. As coletas foram realizadas ao longo de um ano, nos períodos-chave em relação à climatologia regional: dezembro/08 (final da estação seca), março/09 (auge da estação chuvosa – marés equinociais), maio/09 (máxima descarga fluvial), setembro/09 (auge da estação seca – fortes ventos) e dezembro/09, fechando o ciclo anual. Os resultados apontam para uma área estável, porém muito dinâmica. Em geral a tendência foi predominantemente erosiva para ambas as praias avaliadas. Entre dez/08 a mar/09 o balanço sedimentar foi negativo, sendo de aprox. -77 m³/m para o Perfil 1 (Praia da Princesa) e de -48 m³/m para o Perfil 2 (Praia da Caixa d’Água). Esta erosão foi atribuída às marés equinociais de março, bem como afloramento do lençol freático na face praial e consequente erosão por água de retorno, afetando igualmente as duas praias. Já no período de mar/09 a mai/09 o balanço sedimentar foi positivo para ambas as praias: 15 m³/m para Praia da Princesa e 40 m³/m na Praia da Caixa d’Água. Neste caso a deposição foi atribuída à redução média da altura de maré após o equinócio, bem como ao período de máxima descarga fluvial em maio, o que também afeta ambas as praias, mas especialmente a praia da Caixa d’Água, que encontra-se na porção estuarina do rio Marapanim. Entre mai/09 e set/09 o balanço foi negativo em ambas as praias, sendo, porém, substancialmente mais acentuado (-52 m³/m) na Praia da Caixa d’Água que na Praia da Princesa (-11 m³/m). Considerando-se os fortes ventos de setembro, estes implicam em erosão na Praia da Princesa e entorno, sendo que parte dos sedimentos eólicos se depositaria na Praia da Caixa d’Água, em virtude da direção NE dos ventos alísios. As marés equinociais de setembro parecem também ter contribuído para a erosão nas duas praias. Entre set/09 e dez/09 o balanço sedimentar foi positivo, mas pouco expressivo em ambas as praias (9 e 4 m³/m para as praias da Princesa e Caixa d’Água, respectivamente). A comparação entre dez/08 e dez/09 revelou importante erosão em ambas as praias (-63 e -55 m³/m para as praias da Princesa e Caixa d’Água, respectivamente). Esta variação pode ser atribuída a migração episódica de bancos e barras. As variações observadas em cada perfil caracterizam a Praia da Princesa como uma praia oceânica, do tipo dissipativa, onde as principais variações internas observadas correspondem à migração das barras e cavas. Já a Praia da Caixa d’Água pode ser 8 classificada como uma praia estuarina do tipo reflectiva com terraço de maré baixa. Consequentemente, o regime de ondas afeta mais claramente a Praia da Princesa, enquanto que a descarga fluvial afeta mais efetivamente a Praia da Caixa d’Água, como esperado. Durante a estação seca os ventos parecem resultar em erosão na Praia da Princesa e deposição na Praia da Caixa d’Água, principalmente em função da combinação de direção predominante dos ventos e orientação das praias. As análises granulométricas corroboram com os resultados e interpretação das variações morfológicas, onde as variações no tamanho médio dos grãos, assimetria e seleção da distribuição granulométrica indicam a deposição ou erosão de sedimentos eólicos ou finos, provenientes da descarga fluvial. Os resultados obtidos representam uma caracterização satisfatória dos perfis estudados, bem como dos diferentes processos atuantes em praias oceânicas e estuarinas do litoral amazônico, podendo servir de base para estudos desta natureza em quaisquer praias do litoral amazônico, onde sazonalidade no regime de chuvas/descarga fluvial e ventos/ondas, bem como o regime de macromarés resultam em uma complexa morfodinâmica praial.