Variação morfológica e sedimentar em praias da ilha de algodoal ( Litoral Amazônico )

dc.contributor.advisor1ASP NETO, Nils Edvin
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7113886150130994pt_BR
dc.creatorSOUSA, Lygia Nassar
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5238488111056219pt_BR
dc.date.accessioned2019-08-30T12:41:12Z
dc.date.available2019-08-30T12:41:12Z
dc.date.issued2010
dc.description.abstractThe coastal zone is extremely dynamic and its morphology depends on climatic, geologic and physical factors. The Algodoal Island, which is focused in the present study, is located at the northeast of Pará State, being part of the Amazon coastal zone. With the aim to understand the local beach morphodynamics, two different beaches (Praia da Princesa e Praia da Caixa d’Água) were evaluated using topographic profiling and sediment sampling along a year, within the main climatic/hydrodynamic periods: december/08 (end of the dry season), march/09 (high rain season and equinoctial tides), may/09 (maximum fluvial discharge), september/09 (high dry season, strong winds and equinoctial tides) and december/09, enclosing the annual cycle. The results have shown a very dynamic area, but indicating a long-term stability. The results showed a general erosional tendency for both beaches. Between dez/08 and mar/09 the sediment balance was negative, being approx. -77 m³/m for Profile 1 (Praia da Princesa) and -48 m³/m for Profile 2 (Praia da Caixa d’Água). This erosion was attributed to the equinoctial tides, as well as water table flow at the beach face, improving erosion by backwash, affecting both beaches. From mar/09 to may/09 the sedimentary balance was positive for the two beaches: 15 m³/m for Praia da Princesa and 40 m³/m at the Praia da Caixa d’Água. In this case the deposition was correlated to the gradual reduction in tidal range after the equinoctial tides of march and the maximum fluvial discharge period of may, which also affects both beaches, especially at the Praia da Caixa d’Água, due to its location in the Marapanim estuary. Between may/09 and sep/09 the sedimentary balance was again negative in both beaches, although the erosion was much more conspicuously at the Praia da Caixa d’Água (-52 m³/m) than in the Praia da Princesa (- 11 m³/m). Considering the strong easterly winds of september, they result in erosion in the exposed Praia da Princesa region and aeolian transport toward the Praia da Caixa d’Água area. Furthermore, the equinoctial tides of september would also imply in erosion of both beaches. From sep/09 to dez/09 slight deposition was observed in both beaches (9 and 4 m³/m for Princesa and Caixa d’Água beaches, respectively). Comparing dez/08 and dez/09 one could observe strong erosion in both beaches: -63 m³/m (Praia da Princesa) and -55 m³/m (Praia da Caixa d’Água). This erosion seems to be the result of episodic migration of subtidal sediment banks. The observed variations in each profile place the Praia da Princesa as a dissipative oceanic beach, where the main morphological changes are the result of bar/trough migration. Furthermore, the Praia da Caixa d’Água is classified as an estuarine beach of the reflective with low tide terrace type. Therefore, waves are affecting especially the Princesa beach, whereas fluvial discharge is affecting especially the Caixa d’Água beach, as expected. During the dry season winds are resulting in erosion in Princesa beach 10 and deposition in Caixa d’Água beach, because of wind direction and beach orientation. The results on granulometric analyses corroborate to the interpretation of topographic changes, where grain size, asymmetry and sorting indicate erosion or deposition of aeolian sediments, as well as muddy sediments from the fluvial discharge. The results represent a good characterization of the evaluated profiles and beaches, and of the acting processes in oceanic and estuarine beaches of the Amazon littoral. Though it is helpful for further studies in any beach of the Amazon littoral, where rain/fluvial discharge seasonality, as well as macrotidal regime imply in a complex beach morphodynamics.pt_BR
dc.description.resumoA zona costeira é uma área extremamente dinâmica, e a sua morfologia depende de fatores climatológicos, geológicos e físicos. É neste contexto em que se enquadra a Ilha de Algodoal, localizada no nordeste paraense (litoral amazônico), área de estudo do presente trabalho. Com o objetivo de compreender a morfodinâmica praial local, foram avaliadas duas praias - Praia da Princesa e Praia da Caixa D’Água, incluindo perfis topográficos e análises granulométricas de diferentes períodos ao longo de um ano. As coletas foram realizadas ao longo de um ano, nos períodos-chave em relação à climatologia regional: dezembro/08 (final da estação seca), março/09 (auge da estação chuvosa – marés equinociais), maio/09 (máxima descarga fluvial), setembro/09 (auge da estação seca – fortes ventos) e dezembro/09, fechando o ciclo anual. Os resultados apontam para uma área estável, porém muito dinâmica. Em geral a tendência foi predominantemente erosiva para ambas as praias avaliadas. Entre dez/08 a mar/09 o balanço sedimentar foi negativo, sendo de aprox. -77 m³/m para o Perfil 1 (Praia da Princesa) e de -48 m³/m para o Perfil 2 (Praia da Caixa d’Água). Esta erosão foi atribuída às marés equinociais de março, bem como afloramento do lençol freático na face praial e consequente erosão por água de retorno, afetando igualmente as duas praias. Já no período de mar/09 a mai/09 o balanço sedimentar foi positivo para ambas as praias: 15 m³/m para Praia da Princesa e 40 m³/m na Praia da Caixa d’Água. Neste caso a deposição foi atribuída à redução média da altura de maré após o equinócio, bem como ao período de máxima descarga fluvial em maio, o que também afeta ambas as praias, mas especialmente a praia da Caixa d’Água, que encontra-se na porção estuarina do rio Marapanim. Entre mai/09 e set/09 o balanço foi negativo em ambas as praias, sendo, porém, substancialmente mais acentuado (-52 m³/m) na Praia da Caixa d’Água que na Praia da Princesa (-11 m³/m). Considerando-se os fortes ventos de setembro, estes implicam em erosão na Praia da Princesa e entorno, sendo que parte dos sedimentos eólicos se depositaria na Praia da Caixa d’Água, em virtude da direção NE dos ventos alísios. As marés equinociais de setembro parecem também ter contribuído para a erosão nas duas praias. Entre set/09 e dez/09 o balanço sedimentar foi positivo, mas pouco expressivo em ambas as praias (9 e 4 m³/m para as praias da Princesa e Caixa d’Água, respectivamente). A comparação entre dez/08 e dez/09 revelou importante erosão em ambas as praias (-63 e -55 m³/m para as praias da Princesa e Caixa d’Água, respectivamente). Esta variação pode ser atribuída a migração episódica de bancos e barras. As variações observadas em cada perfil caracterizam a Praia da Princesa como uma praia oceânica, do tipo dissipativa, onde as principais variações internas observadas correspondem à migração das barras e cavas. Já a Praia da Caixa d’Água pode ser 8 classificada como uma praia estuarina do tipo reflectiva com terraço de maré baixa. Consequentemente, o regime de ondas afeta mais claramente a Praia da Princesa, enquanto que a descarga fluvial afeta mais efetivamente a Praia da Caixa d’Água, como esperado. Durante a estação seca os ventos parecem resultar em erosão na Praia da Princesa e deposição na Praia da Caixa d’Água, principalmente em função da combinação de direção predominante dos ventos e orientação das praias. As análises granulométricas corroboram com os resultados e interpretação das variações morfológicas, onde as variações no tamanho médio dos grãos, assimetria e seleção da distribuição granulométrica indicam a deposição ou erosão de sedimentos eólicos ou finos, provenientes da descarga fluvial. Os resultados obtidos representam uma caracterização satisfatória dos perfis estudados, bem como dos diferentes processos atuantes em praias oceânicas e estuarinas do litoral amazônico, podendo servir de base para estudos desta natureza em quaisquer praias do litoral amazônico, onde sazonalidade no regime de chuvas/descarga fluvial e ventos/ondas, bem como o regime de macromarés resultam em uma complexa morfodinâmica praial.pt_BR
dc.identifier.citationSOUSA, Lygia Nassar. Variação morfológica e sedimentar em praias da ilha de algodoal ( Litoral Amazônico ). Orientador: Nils Edvin Asp Neto. 2010. 54 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) – Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2010. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1836. Acesso em:.pt_BR
dc.identifier.urihttp://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1836
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.source1 CD-ROMpt_BR
dc.subjectSedimentologiapt_BR
dc.subjectMorfologia praialpt_BR
dc.subjectSazonalidadept_BR
dc.subjectLitoral amazônicopt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::OCEANOGRAFIApt_BR
dc.titleVariação morfológica e sedimentar em praias da ilha de algodoal ( Litoral Amazônico )pt_BR
dc.typeTrabalho de Curso - Graduação - Monografiapt_BR

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