Composição e características físico-químicas das águas minerais obtidas a partir de informação obtida a partir de informação contida nos rótulos de quinze marcas do estado do Rio Grande do Norte, Brasil: uma análise documental teórico-comparativa

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10-12-2013

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PEREIRA, Lucas Costa Guimarães. Composição e características físico-químicas das águas minerais obtidas a partir da informação contida nos rótulos de quinze marcas produzidas no estado do Rio Grande do Norte, Brasil: uma análise documental teórico-comparativa. Orientador: José Fernando Pina Assis. 2013. 43 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão Hídrica e Ambiental) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1888. Acesso em: .
O consumo de água mineral no Brasil aumentou nas últimas décadas, uma vez que boa parte da população brasileira tem optado por consumir mais água mineral que a água fornecida através das torneiras pelos municípios, por acreditar ser a água mineral de melhor qualidade. Entretanto, água mineral pode trazer alguns males à saúde se não forem observados todos os requisitos previstos na legislação específica. Dessa forma, o presente trabalho se propõe a analisar as características e a qualidade das águas minerais que são comercializadas e distribuídas no estado do Rio Grande do Norte, a partir da avaliação dos rótulos disponibilizados pelas concessionárias nas embalagens plásticas de seus produtos. A partir de uma investigação preliminar efetuada das características físico-químicas contidas nos rótulos das garrafas de 15 amostras de marcas que extraem água de fontes do estado do Rio Grande do Norte, verificou-se que apresentam valores baixos de pH, caracterizando-se como água ácida e corrosiva, com média de 5,59, valor mínimo de 4,57 e máximo de 6,95. Em 73,33% das análises químicas, o pH apresenta valores situados abaixo de 6. Ressalta-se que, segundo padrões de potabilidade definidos pelo Ministério da Saúde, água com valores de pH inferiores a 6, não é recomendável para o consumo humano. A condutividade das águas do Rio Grande do Norte apresenta valores muito variados, com média de 72,61 μS/cm, (mínimo de 44,2 x 10-6 μS/cm obtido na marca Potiguar e, máximo, de 228 μS/cm, na marca Água Nova), o que remete a discrepâncias de sais dissolvidos nas diferentes fontes. Para o resíduo de evaporação, revela média de 64,19 mg/L, (mínimo de 32,83mg/L, obtido na marca Blanca; máximo de 154,73 mg/L, na marca Água Nova). Para as concentrações de nitrato dez marcas não disponibilizaram os valores encontrados nas águas, impossibilitando uma análise mais consistente e verdadeira. Assim, para um elenco de apenas cinco marcas, constatamos média de 3,61mg/L, (mínimo de 1,26 mg/L obtido na marca Vitória e máximo de 5,2 mg/L, na Potiguar) valor este inferior ao máximo de 50mg/L permitido pela legislação. Para os elementos bário, cloreto, sulfato, magnésio e bicarbonato, não foram encontrados valores significativos que afetem a saúde dos seres humanos, mas esses valores também não se destacaram a ponto de poderem apresentar propriedades terapêuticas. Assim conclui-se que as águas analisadas não podem ser classificadas como minerais, e algum nem ainda como potáveis. Água mineral é aquela que, além de ter as mesmas propriedades de qualquer água de poço, de qualquer água subterrânea que se conhece, precisa ter um parâmetro em que sobressaia. Entretanto, sugerimos uma análise in loco nas fontes do Estado do Rio Grande do Norte, dos parâmetros aqui levantados, para permitir uma melhor comparação entre os valores apresentados pelas distribuidoras e os valores calculados, uma vez que observou-se muita omissão de dados inerentes a este trabalho.

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