Navegando por Assunto "Rio Mocajuba - PA"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Conectividade estuarina amazônica: um estudo de caso entre os rios Mojuim e Mocajuba(2018-01-29) CORRÊA, Artur Willen Ramos; SILVA, Iranilson Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3468415524958439; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471Este estudo realizou a coleta de dados oceanográficos em um canal de maré que conecta os estuários dos rios Mojuim e Mocajuba, à leste da zona costeira amazônica, afim de descrever a conectividade desta região. Realizou-se campanhas de campo sazonais (março/chuvoso e novembro/seco) em marés de sizígias, coletando-se dados concomitantemente em duas estações fixas no canal. A Estação 1 (E1, -0.770017°-48.000550°) foi instalada na conexão com o rio Mojuim e a Estação 2 (E2, -0.779450°-47.958600°) na conexão com o rio Mocajuba. Utilizaram-se sensores de pressão e condutividade do tipo CTD (Conductive, Temperature, Depht), medidores multiparâmetros para as propriedades físico-químicas da água (temperatura, pH, oxigênio dissolvido, saturação do oxigênio, sólidos totais dissolvidos, turbidez e salinidade) e coletas de água em superfície e fundo para o material particulado em suspensão (MPS) quantificado pelo método gravimétrico. A hidrodinâmica foi descrita utilizando-se um ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) no interior do canal e um correntômetro nas duas estações de coleta. Com o CTD na E1, verificou-se uma salinidade de 0,8 a 11,3 e altura máxima da maré de 3,86 m no período chuvoso. No período seco houve alturas máximas da maré na E1 de 5,06 m e na E2 de 4,82 m, com o tempo de vazante superior à enchente e o efeito a maré iniciando na E2. A salinidade na E1 oscilou em função da maré de 22 a 30,8 e na E2 houve um máximo de 30,9 na enchente e que decresce rapidamente na estofa de baixa-mar com mínimo de 26,9. Em ambas as estações, a direção predominante da corrente durante a enchente é adentrando ao canal de maré que na vazante inverte sua direção no sentido de saída do canal. Entretanto, no interior do canal de maré principal existe um canal secundário que contribui significativamente na drenagem e na hidrodinâmica do sistema. A profundidade não regulou mudanças significativas nas propriedades físico-químicas analisadas, sendo a sazonalidade o fator principal neste processo. No período chuvoso, as maiores concentrações de MPS foram na enchente com médias de 593,77 mg/L na E1 e de 515,69 mg/L na E2. Entretanto, no período seco as maiores concentrações foram na vazante com médias de 170,91 mg/L na E1 e 87,11 mg/L na E2. Ao analisar o pH e a salinidade, observa-se uma forçante fluvial principalmente no rio Mojuim, enquanto que no rio Mocajuba houve predominantemente uma influência marinha, refletindo na conectividade entre eles. A salinidade é uma propriedade fundamental ao analisar a conectividade entre estuários tendo em vista que, possivelmente, águas menos salinas do rio Mojuim, aportam no rio Mocajuba na vazante por meio do canal de maré.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Limitações da setorização sedimentar do estuário Mocajuba(2018-01-29) PEREIRA, Débora Rodrigues; MONTEIRO, Sury de Moura; http://lattes.cnpq.br/4309806566068586Este estudo trata da dificuldade da identificação dos setores marinhos, transicionais e fluviais em um estuário dominado por macromaré. O objetivo do trabalho é identificar os setores do estuário Mocajuba, nordeste paraense, e se este pode ser setorizado perante suas características sedimentológicas. A partir disso, a nossa hipótese é que o estuário Mocajuba pode ser setorizado quanto às suas características sedimentológicas e que será possível distinguir os seus setores, marinho, intermediário e fluvial. Assim, a técnica aplicada foi a Setorização sedimentar. Os procedimentos analíticos adotados foram: granulometria; quantificação do teor de matéria orgânica e carbonato de cálcio; e tratamento estatístico, através da Análise de Agrupamento e de Componentes Principais. Com isso, obtivemos três grupos: o grupo 1, agrupa as frações arenosas muito finas (57%), pobremente selecionados, assimetria negativa e hidrodinâmica moderada. A porcentagem média de Lama foi 9,39%, MO com 0,67% e CaCO3 com 6,24%. O grupo 2 agrupa as frações arenosas médias (45,5%) e arenosas grossas (31,8%), moderadamente selecionadas, assimetria positiva a muito positiva e alta hidrodinâmica. Apresentou os valores médios de: 5,8% de Lama, 0,68% de MO e 6% de CaCO3. O grupo 3 apresenta o maior número amostral, representado pela fração síltica média (43,8%) e grossa (28,6%), pobremente selecionada, assimetria positiva a muito positiva, e hidrodinâmica moderada. A porcentagem média de Lama foi 83,71%, MO 0,75% e CaCO3 com 9,38%, e atingiu máximo neste grupo, de 20,98% de CaCO3. Contudo, ao propor a Setorização sedimentar a partir de ferramentas estatísticas, observamos empecilhos que mascararam os limites de cada setor. Assim, a Setorização sedimentar foi limitada e não permitiu a aplicação dos modelos estuarinos ao Mocajuba. De início atribuímos esta divergência ao 1) método estatístico utilizado. Porém, observamos que este método é amplamente empregado em diversos estuários de modo eficaz, assim como pode ser aplicado ao estuário Mojuim, adjacente ao Mocajuba. Portanto, refutamos esta hipótese e consideramos que 2) o estuário Mocajuba possui configuração geológica/geomorfológica diferenciada. Assim, esta configuração pode ser consequência: da evolução estuarina; do baixo aporte fluvial; da alta influência marinha; e da orientação retilínea do canal, possivelmente moldada pela presença de uma falha tectônica e ação da maré. Portanto, concluímos que não é possível setorizar o estuário Mocajuba a partir das suas características sedimentológicas.