Navegando por Assunto "Petrologia"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Os basaltos de fundo oceânico e rochas associadas da Região sul da Serra do Tapa - Cinturão Araguaia, sudeste do Pará(2013-04-10) BARROS, Luisa Dias; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502No norte do Cinturão Araguaia, na região conhecida como Serra Tapa, nos municípios de Sapucaia e Xinguara, sudeste do Estado do Pará próximo à divisa com o Estado do Tocantins, estão expostos um dos maiores corpos mafico-ultramáficos alongados na direção N-S, que compreende fragmentos preservados da litosfera oceânica do Neoproterozoico do Cinturão Araguaia. A Associação Serra do Tapa é constituída por um conjunto de rochas que compreendem metabasaltos com marcantes estruturas em almofadas, associados com formações ferríferas bandadas, metacherts, silexitos ricos em hematita e/ou magnetita além de metaperidotitos/dunitos serpentinizados, embutidos tectonicamente nas rochas metassedimentares de baixo grau metamórfico, pertencentes ao Grupo Tocantins. A associação dessas rochas é mundialmente interpretada como representação de assoalhos oceânicos e porções do manto superior, denominados de ofiolitos. A partir da descoberta desses corpos no Cinturão Araguaia, a pesquisa abordou quatro ocorrências de metabasaltos almofadados com rochas metassedimentares químicas associadas. Os metabasaltos exibem estruturas em almofadas e apresentam algumas variações tipológicas aqui descritas. Trata-se de um conjunto de derrames com frentes de extravasamento de lavas em ambiente de fundo oceânico, em que posteriormente foram deformadas, transformadas em baixo grau metamórfico, que ainda preserva suas características magmáticas originais. Os basaltos almofados apresentam um zoneamento, em que o núcleo é definido por um basalto maciço de cor marrom esverdeado, afanítico, com textura intersertal composta essencialmente por cristais ripiformes de plagioclásio, clinopiroxênio e vidro vulcânico. Basaltos hipovítreos ocupam a zona de borda de cor verde amarelada, afaníticos e apresentam texturas de resfriamento ultrarrápido como esferulitos, cristais aciculares e radiais de plagioclásio, além de texturas tipo “rabo de andorinha” e seções ocas destes cristais. Os hialoclastitos , nas zonas mais externas, representam brechas de superfícies de derrames basálticos. Finalmente, vidros basalticoss constituem a superfície dos derrames (zona interalmofada) de cor verde escura. Essas rochas ocorrem como camadas e corpos alongados preferencialmente na direção NE-SW com mergulhos suaves para ESE. Os basaltos estão fracamente metamorfisados e a paragênese (Ab + Act + Cl + Ep ± Stp) foi estabilizada em condições da fácies xisto-verde. Estudos mineralógicos complementares de difração de raios-X e MEV foram feitos a fim de caracterizar melhor os minerais constituintes dessas rochas. As formações ferríferas bandadas, caracterizadas como jaspilitos e cherts correspondem à unidade sedimentar química de ambiente oceânico marinho profundo, constituindo a porção superior desta suíte ofiolítica e apresentam porções recristalizadas indicando, também, que foram metamorfisadas. Estas rochas ainda preservam suas estruturas sedimentares primárias como bandamento e laminações plano-paralelas compostas por jaspe ou chert e hematita. Os estudos petrográficos, geoquímica dos basaltos e uso de diagramas geoquímicos revelam a natureza dessas rochas que permitem interpretar como um magmatismo oceânico tipo N-MORB. Considerando os dados de campo, petrográficos, litoquímica e o conhecimento acumulado na literatura sobre estes corpos conclui-se que estes basaltos em associação com peridotitos serpentinizados, jaspilitos e cherts representam frações de uma litosfera oceânica antiga representando um ambiente de fundo oceânico onde se desenvolveu um vulcanismo exalativo e extrusões submarinas de um magma basáltico toleítico durante o estágio inicial de oceanização da Bacia Araguaia, durante o Neoproterozoico. Posteriormente foi obductada e fracamente metamorfisada durante processos de inversão do Cinturão Araguaia, ao longo de zonas de cavalgamento com transporte em direção ao Cráton Amazônico.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização geológica e petrográfica dos gabros massapé e sua relação com as rochas adjacentes, na região do NW do Ceará(2011) SILVA, Ediane Batista da; NASCIMENTO, Rosemery da Silva; http://lattes.cnpq.br/9987948688921732As rochas gabróicas da Suíte Parapuí, possuem uma área aflorante de aproximadamente 2,5 km2, localizada na porção noroeste da cidade de Massapê no Estado do Ceará, intrusivas em rochas calcissilicáticas, gnaisses calcissilicáticos, mármores e quartzitos pertencentes ao Grupo Martinópole. O Trabalho apresenta os resultados de mapeamento geológico (Escalas 1:30.000 e 1:10.000) e análise petrográfica dessas rochas gabróicas. As observações de campo e os estudos petrográficos permitiram definir melhor os contatos entre as unidades, assim como avançar na classificação dos tipos petrográficos das rochas gabróicas da região em questão. O corpo intrusivo gabróico possui uma variação na granulação, sendo o centro de granulação mais grossa e a borda de granulação média a fina, refletindo estágios de refriamento do corpo. A petrografia das rochas gabróicas permitiu a identificação dos seguintes tipos: hornblenda gabro, piroxênio-hornblenda gabro, leucogabro, microgabro e microgabro granofírico. São rochas faneríticas, mesocráticas com textura predominantemente intergranular, com variações ofítica a sub-ófitica, compostas essencialmente de plagioclásio (An45-54), anfibólio (hornblenda) e piroxênio (augita). O k-feldspato do tipo ortoclásio é comumente observado em intercrescimento com quartzo, caracterizando textura gráfica, sugerindo contaminação crustal com assimilação de rochas encaixantes ricas em sílica. Os contatos com as rochas encaixantes são bruscos e com formação de brechas magmáticas. As rochas gabróicas encontram-se alteradas, sendo as principais alterações da labradorita para sericita, epidoto e carbonato, e da augita em clorita e tremolita-actinolita.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização geológica, petrográfica e geoquímica das rochas máficas da região de Tangará da Serra - MT(2017-09-22) PINA NETO, Acacio Nunes de; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502As rochas máficas da região de Tangará da Serra, sudoeste do estado do Mato Grosso, distante cerca de 250 km de Cuiabá, compreendem derrames de basaltos de caráter fissural, sills e diques de olivina diabásio e diabásio associados a arenitos e rochas calcárias do Grupo Araras, Parecis e Alto Paraguai. As espessuras dessas rochas máficas variam de 15 a 310 m e são conhecidas na literatura como rochas vulcânicas basálticas da Formação Tapirapuã, posicionada no limite Jurássico-Triássico. Os levantamentos de campo e a análise petrográfica permitiram a descrição e caracterização das rochas máficas e suas encaixantes (arenitos e calcários), e foram caracterizados como basaltos e diabásios representados por derrames e sills, respectivamente, além de raros diques de diabásios. Os basaltos exibem granulação fina, cor cinza-chumbo com textura afanítica e isotrópica. Microscopicamente, exibem textura porfirítica com matriz intersertal e intergranular, além de amigdaloidal. São constituídos essencialmente por plagioclásio, clinopiroxênio (augita) e ortopiroxênio (enstatita). Alguns fenocristais de plagioclásio euédricos e subédricos mostram-se zonados concentricamente enquanto outros, na matriz, exibem hábito acicular, esqueletais e com terminações tipo “rabo de andorinha” associados com vidro, característico de resfriamento ultrarápido. Na matriz encontra-se um material criptocristalino de coloração esverdeada, minerais opacos e vidro que ocorrem intersticialmente às ripas de plagioclásio e piroxênio. Os olivina diabásios, com granulação média, exibem textura predominantemente intergranular e são constituídos essencialmente por plagioclásio, olivina e piroxênio. O plagioclásio é do tipo labradorita (An60), são ripiformes e mostram maclamento albita e albita-calrsbad. Dentre os piroxênios, reconhece-se a augita, em maior proporção modal e enstatita. Enquanto que os diabásios, sem olivina, são texturalmente semelhantes aos olivina diabásios e encontram-se bastante alterados. A caracterização de alguns minerais de difícil identificação por meios ópticos como os minerais opacos, e aqueles oriundos de alteração, bem como os materiais das amigdalas nos basaltos foi realizada por meio da análise em microscópio eletrônico de varredura. Com esta técnica foram imageados e caracterizados quimicamente minerais como plagioclásio, augita e titanomagnetita nos basaltos. Nos olivina diabásios foram identificados augita, plagioclásio, forsterita, biotita, ilmenita, pirita e badelleyita. Geoquimicamente, foi possível a identificação de três grupos composicionais distintos, condizentes com os dados petrográficos, são eles: olivina diabásios (caracterizados por baixa concentrações de SiO2, alto MgO, Al2O3e natureza subalcalina intermediária), basaltos (caracterizados por alta SiO2, menor MgO, Al2O3 e natureza toleítica) e diabásios que, relativamente, são caracterizados viii maiores concentrações de TiO2, baixa concentração de MgO, pela natureza toleítica e por estarem intemperizados. Essas rochas revelam natureza subalcalina e toleítica. A composição normativa CIPW permite classificar os olivina diabásios em olivina toleítos e os basaltos e diabásios em toleítos. Em relação aos elementos-traço, nota-se que os olivina diabásios e os basaltos são enriquecidos em elementos litófilos de raio iônico grande em relação aos elementos terras raras leves e aos elementos de elevado potencial iônico, enquanto os diabásios apresentam um comportamento anômalo dos demais. O comportamento dos ETR demonstrou um comportamento similar com padrão subhorizontal entre os litotipos estudados, com moderado fracionamento e enriquecimento em elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados. Os olivina diabásios apresentam razões (Ce/Yb)N entre 4,9 a 4,5, (Ce/Sm)N de 1,8 a 1,7 e razões (Gd/Yb)N entre 2,1 a 2,2, além de uma discreta anomalia positiva de Eu (Eu/Eu* = 1,28 – 1,34). Enquanto os basaltos possuem razões (Ce/Yb)N entre 2,2 a 2,4, (Ce/Sm)N de 1,5 e razões (Gd/Yb)N entre 1,4 a 1,5, além de uma discreta anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,8 – 0,9).O diabásio, por sua vez, apresenta-se mais enriquecido em elementos terras raras, menor razão (Ce/Yb)N, (Ce/Sm)N e uma discreta anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,8).Nos diagramas de discriminação de ambiente tectônico, as amostras são comparáveis aquelas de ambiente intraplaca. A integração dos dados de campo, petrográficos, geoquímicos e comparativos permitiu interpretar que as rochas máficas da região de Tangará da Serra representam um magmatismo toleítico continental que pode ser relacionada ao magmatismo basáltico de mesma idade, como os basaltos da Formação Mosquito, na Bacia do Parnaíba; à Formação Anari, na Bacia do Parecis; ao Magmatismo Penatecaua da Bacia do Amazonas; e aos basaltos das Guianas e Oeste Africano bem como ao feixe de Diques Cassiporé no Amapá. A sua ocorrência está ligada ao regime distensivo vigente durante o Jurássico e que viria a resultar na separação do Pangea e na formação do oceano Atlântico central.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização mineralógica dos basaltos da Pedreira Zé Queiroz, Formação Mosquito, região de Porto Franco, estado do Maranhão(2017-12-11) CARDOSO, Camila Farias; NASCIMENTO, Rosemery da Silva; http://lattes.cnpq.br/9987948688921732O Mesozoico é marcado por mudanças significativas, decorrentes da ruptura do megacontinente Gondwana e abertura do Oceano Atlântico Central, estabelecendo um estágio de ativação tectônica, marcado por intenso magmatismo toleítico. Na Bacia do Parnaíba, estes eventos são registrados nas unidades litoestratigráficas Formação Mosquito e Formação Sardinha. A caracterização mineralógica, textural e petrográfica dos níveis de basaltos amigdaloidais da Formação Mosquito em sua ocorrência na Pedreira Zé Queiroz, localizada no município de Porto Franco (MA), possibilitou inferir as suas condições de cristalização magmática e correlacioná-las com rochas de suítes similares. As análises petrográficas permitiram a determinação da assembleia mineralógica dessas rochas, que é composta fundamentalmente por plagioclásio, augita, ilmenita e matriz criptocristalina a vítrea, e subordinadamente podem ocorrer pigeonita e titanomagnetita, além de zeólitas, óxido de ferro e material criptocristalino esverdeado preenchendo as amígdalas, e, como minerais secundários, argilominerais e epidoto. As texturas encontradas nestas rochas são porfirítica e intersertal; e subordinadamente ocorrem ainda as texturas amigdaloidal, glomeroporfirítica, esqueletal, subofítica e variolítica. Os resultados deste estudo levaram ao reconhecimento de dois tipos petrográficos de basalto: basalto microporfirítico com fenocristais de plagioclásio e augita e basalto contendo vidro. O modelo de cristalização proposto sugere que a cristalização tenha ocorrido em duas etapas: I) formação dos minerais opacos, em profundidade, seguida da cristalização das fases essenciais, gerando os fenocristais; II) o magma ascende à superfície e forma matriz microcristalina a vítrea, a presença de voláteis no magma gera vesículas, que, em uma fase pós-magmática, são preenchidas por zeólitas e óxidos de ferro. Finalmente, após a cristalização, a percolação de fluídos levou a formação de fases secundárias, como os argilominerais e epidoto, além da desvitrificação da matriz vítrea. A comparação feita entre as rochas estudadas e as rochas do Magmatismo Penatecaua (Bacias do Amazonas e do Solimões) e da Suíte Apoteri (Bacia do Tacutu), descritas na literatura, sugere uma semelhança entre as composições mineralógicas e texturais destas rochas, além de indicar uma correlação cronológica entre as suítes.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Estudo petrográfico e geoquímico das formações ferríferas e rochas associadas da mina pedra branca do Amapari (Amapá)(2013-09) PAIVA, Hanna Paula Sales; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983A mina Pedra Branca do Amapari está localizada à cerca de 18 km a SE da cidade de Serra do Navio, no estado do Amapá, e dela tem sido lavrado minério de ferro oriundo de formações ferríferas bandadas que pertencem à Suíte Metamórfica Vila Nova (SMVN), de idade paleoproterozoica. Este estudo objetivou caracterizar petrográfica e quimicamente essas formações, bem como as rochas a elas associadas, estimar as condições sob as quais o pacote rochoso foi metamorfisado e registrar possíveis evidências de atividade hidrotermal pós-metamorfismo na área da mina. Com base em dados mineralógicos e texturais, subsidiados por microscopia eletrônica de varredura (MEV-EDS) e difração de raios-X, foram identificadas três principais variedades litológicas: a) formações ferríferas (FFB); b) xistos; e c) rochas calciossilicáticas, nas primeiras reconhecidos tanto itabiritos como FFB com anfibólio. Compondo essas rochas, várias associações mineralógicas foram definidas: quartzo – hematita – magnetita ± pistacita ± apatita ± hercinita ± granada, quartzo – hematita – magnetita – actinolita ± pistacita ± apatita e actinolita – microclina – biotita – quartzo – diopsídio – hematita – magnetita ± titanita, respectivamente para os itabiritos, FFB com anfibólio e xistos, além de actinolita – quartzo – hematita - magnetita ± epidoto, diopsídio – calcita – actinolita – quartzo – hematita - magnetita ± hercinita e diopsídio – magnetita – quartzo - hematita para as rochas calciossilicáticas. Estas paragêneses são consistentes com derivação a partir de rochas sedimentares (químicas e clásticas), que foram depositadas em ambiente de plataforma passiva e, subsequentemente, submetidas a condições de metamorfismo regional da fácies epidoto-anfibolito. A presença de hercinita é indicativa de que podem ter prevalecido as condições de mais alta pressão desta fácies, de modo que seriam plausíveis, para a estabilização daquelas paragêneses, os intervalos de P=7-10 kb e T=500-650oC. As FFB tiveram como protólitos possivelmente jaspilitos ou rochas similares, admitindo-se no caso das FFB com anfibólio alguma contaminação dos sedimentos ferrífero-silicosos com material carbonático. Para os xistos, os protólitos podem ter sido grauvacas feldspáticas com matriz pelítico-carbonática, enquanto que as rochas calciossilicáticas foram possivelmente derivadas de margas. Quimicamente, FFB, xistos e rochas calciossilicáticas podem ser rigorosamente distinguidas em termos de SiO2, Fe2O3(t), CaO e MgO, que são seus principais componentes e refletem a abundância de quartzo, magnetita, hematita, actinolita e diopsídio. Os xistos, em especial, são as rochas mais ricas em K2O e TiO2 por conta das apreciáveis quantidades de microclina, biotita e titanita que apresentam. A discriminação química também pode ser feita com base nos conteúdos de determinados elementos traço. As FFB são enriquecidas em Sr, Ni, V e Cr, e empobrecidas em Co relativamente às demais rochas. Considerando que alguns desses elementos mostram baixa mobilidade no ambiente supergênico, eles podem auxiliar no mapeamento litológico daquelas rochas em áreas muito intemperizadas e pobres em afloramentos. Evidências de atividade hidrotermal advêm da presença de veios/vênulas de quartzo e de calcita que cortam as rochas, e principalmente do material rico em Mn que foi depositado em condutos abertos por zonas de cisalhamento de direção NW-SE.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Estudo petrográfico, mineralógico e da alteração hidrotermal associada à fácies HORBLENDA, BIÓTICA ÀLCALI,FELDSPATO,GRANITO (Furo F18-Gb) do pluton. Água boa, província estarífera de Pitinoa (AM)(2011) FERREIRA, Wagner Vitor araújo; BORGES, Régis Munhoz Krás; http://lattes.cnpq.br/4220176741850416O estudo petrográfico em amostras do furo F18-GB, da área mineralizada Guinho-Baixão, permitiu identificar sete variedades de rochas: 1) granito porfirítico médio a grosso (GPmg), litologia predominante e encaixante das rochas hidrotermalizadas; 2) granito porfirítico fino (GPf); 3) granito equigranular médio a grosso (GEmg); 4) albita-granito (AbG) e topázio-albita-granito (TAbG); 5) epissienito sódico (EpsNa), 6) epissienito sódico greisenizado (EpsNaG) e 7) epissienito potássico (EpsK). O contato entre o GPmg e o GEmg é gradacional, enquanto que o GPf e o topázio-albita-granito (TAbG) são intrusivos no GPmg. Foram caracterizados três processos hidrotermais: epissienitização sódica, o mais expressivo, epissienitização potássica e greisenização, este último de ocorrência mais restrita. O EpsNa é uma rocha leucocrática, composta por albita chessboard, resultante da substituição do feldspato pertítico do GPmg, além de cavidades geradas pela dissolução do quartzo magmático e preenchidas por albita em ripas (laths), quartzo euédrico, fengita, fluorita, hematita, cassiterita, rutilo e titanita. Estas cavidades são cortadas por fraturas tardias preenchidas por fluorita e berilo. A greisenização do EpsNa é marcada pela substituição da albita por quartzo, siderofilita, fengita, esfalerita, clorita, fluorita e topázio. A epissienitização potássica gerou uma rocha rica em adulária, clorita e hematita, com resquícios de feldspato pertítico, além de cassiterita, precipitada durante a cloritização do EpsK. Os principais eventos de mineralização estão associados à formação do EpsNaG e EpsK. Composições químicas obtidas por EDS foram utilizadas em um estudo da variação composicional das micas trioctaédricas e zircões dos granitos e rochas epissieníticas. As micas do GPmg, GPf e GEmg apresentam composição de annita transicionando a annita aluminosa, enquanto que as micas do EpsNaG e TAbG foram classificadas como siderofilita, com ampla variação composicional. No EpsNaG, a cassiterita ocorre associada ao estágio de formação da siderofilita marrom (tipo I), relativamente mais rica em Al2O3 e mais pobre em FeO do que a siderofilita verde (tipo II). As micas do tipo I são quimicamente semelhantes à siderofilita de granitos mais evoluídos e greisens estaníferos presentes em outras áreas mineralizadas do pluton Água Boa. Os zircões dos granitos revelaram razões Zr/Hf médias intermediárias entre aquelas dos zircões do biotita-granito (mais evoluído), encaixante dos greisens e epissienitos sódicos da área Queixada e aquelas dos zircões do anfibólio-biotita-granito (menos evoluído), encaixante dos greisens e epissienitos potássicos da área Guinho-Baixão. O topázio-albita-granito caracterizado neste trabalho está sendo descrito pela primeira vez no distrito mineiro de Pitinga. Ele é texturalmente similar ao albita-granito peralcalino do pluton Madeira; no xii entanto, é peraluminoso e não está mineralizado. Provavelmente, o TAbG representa a fase mais evoluída do líquido magmático relacionado à cristalização da fácies topázio-granito. A separação de uma ou mais fases fluidas a partir deste líquido pode ter originado a epissienitização sódica em um estágio precoce e, a temperaturas mais baixas, a greisenização do epissienito sódico, culminando com a cloritização do epissienito potássico e formação de halos de oxidação nas porções mais fraturadas do GPmg.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Geocronologia e evolução crustal dos granitóides associados ao Diopsídio-norito pium, região de vila Cedere III, Canaã dos Carajás.Província Carajás(2013) RODRIGUES, Edson Alves; TORO, Marco Antonio GalarzaA região de Vila Cedere III localiza-se em Canaã dos Carajás e está situada entre os domínios Rio Maria e Carajás. Esta região denominada “Subdomínio de Transição” é formada por uma ampla diversidade de rochas com idades meso e neoarqueanas. As unidades antes inseridas no Complexo Xingu compreendem tonalitos e trondhjemitos (TTG); granitos de afinidade cálcio-alcalina; dioritos a granodioritos cálcio-alcalinos; tonalitos/trondhjemitos (Pedra Branca) e granitos subalcalinostipo-A (Suíte Planalto). Esta região apresenta similaridade com o Domínio Rio Maria, assim como também é intensamente afetado por eventos tectônicos e magmáticos relacionados à evolução do Domínio Carajás. Os granitóidesaflorantes na região de Vila Cedere III caracterizam-se como corpos alongados e podem ser correlacionados a monzosienogranitos, com hornblenda e biotita, subalcalinos e metaluminosos, com afinidade tipo-A, caracterizando o magmatismo tipo Planalto. Além disso, apresentam similaridades com a Suíte Pedra Branca e outros corpos granitóides do Domínio Carajás. As variações texturais e mineralógicas permitiram definir quatro variedades denominadas: Biotita-hornblenda tonalito; Biotita-hornblenda granodiorito; Biotita-hornblenda ou hornblenda-biotita Monzogranito e Biotita sienogranito.O estudo geocronológico realizado pelo método de evaporação-ionização de Pb em zircão forneceram idades médias de 2741,9±0,5 Ma; 2739,7±0,7 Ma e 2739,5±0,9 Ma,interpretadas como idades de cristalização,sendo correlacionadas ao evento magmático Neoarqueano (2,75 - 2,70 Ga) registrado nesta província, caracterizado por intenso retrabalhamentocrustal e originando os granitóides das suítes Planalto, Pedra Branca e rochas associadas. Os dados Sm-Nd das rochas estudadas indicaram idades modelo (TDM) entre 3,11 a 2,91 Ga, sugerindo que estas são derivadas de fontes mantélicas, enquanto que os valores de Nd(t) entre –2,22 e 0,30 são indicativos do envolvimento de fontes crustais durante sua formação. As idades modelo obtidas neste trabalho confirmam um importante período de formação de crosta no Mesoarqueano na Província Carajás.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia da capa doloítica neoproterozoica do sul do cráton amazônico, região de Mirasol d'Oeste, Mato Grosso(2012-02) GAIA, Valber do Carmo de Souza; SOARES, Joelson Lima; http://lattes.cnpq.br/1345968080357131; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998A capa dolomítica da Formação Mirassol d’Oste está inserida no contexto da última glaciação criogeniana (635 Ma) e representa a base do Grupo Araras, ocorrendo na borda sul do Cráton Amazônico, município de Mirassol d’Oeste, Estado do Mato Grosso. A caracterização petrográfica permitiu identificar três microfácies carbonáticas: dolomudstone, doloboundstone dolopackstone/dolomudstone. A microfácies dolomudstone apresenta dolomita microcristalina geralmente neomorfisada, gradando para dolomita microespática a pseudoespática, com porosidade vug e móldica, peloides e discretas laminações. O doloboundstone também apresenta dolomita microcristalina frequentemente neomorfisada para microesparitos a pseudoesparitos. Ocorre porosidade fenestral preenchida por hidrocarboneto e cristais de dolomita formando a laminação fenestral (laminação estromatolítica), assim como porosidade vug e móldica. O dolomudstone/dolopackstone diferencia-se do dolomudstone pelas laminações fenestrais e do doloboundstone pelo fato da laminação fenestral ser parte de megamarcas onduladas, formadas em regime fluxo oscilatório. Além de apresentar cristais ripiformes de pseudomorfos de gipsita de composição silico-aluminosa (Si, Al e O). Os processos diagenéticos identificados foram: 1) cimentação eodiagenética (calcita, sílica e gipsita), mesodiagenética (dolomita e calcita) e telodiagenética (óxido/hidróxido de Fe); 2) neomorfismo iniciou-se no final da eodiagênese até a mesodiagênese; 3) formação de porosidade secundária, representada por fraturas, vugs e poros móldicos; 4) migração de hidrocarboneto que ocorre quase concomitantemente a formação do cimento de dolomita euédrica e em sela; 5) compactação com formação de estilólitos; 6) formação de minerais autigênicos de pirita, pirrotita(?) e óxidos de Mn, Fe e Ti; 7) dissolução tardi-mesodiagética a telodiagenética formando poros móldicos e vugs e mobilizando o hidrocarboneto. A precipitação da dolomita é associada a atividade microbial e as laminações são resultado da formação de tapetes microbianos que assimilam a dolomita microcristalina. A deposição da capa dolomítica ocorreu em plataforma marinha eufótica moderadamente profunda, de baixa energia, com água saturadas em Ca2+, MgSO42- e HCO3-, que proporcionou a precipitação de dolomita micrítica.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e evolução diagenética no contato entre as Formações Raizama e Sepotuba, Neoproterozóico do sudoeste do Cráton Amazônico, região de Glória d’Oeste, MT(2016) BEZERRA JÚNIOR, Alexandre Castelo Branco; SILVA JÚNIOR, José Bandeira Cavalcante da; http://lattes.cnpq.br/8615194741719443O Grupo Alto Paraguai situado no estado do Mato Grosso, é composto por rochas siliciclásticas que foram depositadas na Faixa Paraguai e na porção sudoeste do Cráton Amazônico no final do Ciclo Brasiliano/Pan-Africano, na transição Ediacano-Cambriano (~541 Ma). Intensos processos diagenéticos mudaram consideravelmente o arcabouço das rochas depositadas em ambiente plataformal, aflorantes na Pedreira Império, região de Glória d’Oeste, referentes as porções superior da Formação Raizama e inferior da Formação Sepotuba. Este trabalho aborda a petrografia das rochas que afloram na Pedreira Império, tomando como base a proposta de associação de fácies (AF), de trabalhos publicados recentemente, descritas como: associação de fácies 1 (AF1) – Shoreface dominado por ondas e tempestades; AF2 – Fluvial entrelaçado distal; e AF3 - Planície de maré. Análises petrográficas revelaram processos de dolomitização seguidos de dissolução, caracterizado pela existência de megaporos, que é diretamente associado a geração de feições cárticas, observadas próximas ao contato entre as AF1 e AF2. O estudo petrográfico das rochas siliciclásticas das formações Raizama e Sepotuba permitiu estabelecer a ordem dos principais eventos diagenéticos que as afetaram: 1) compactação mecânica 2) cimentação de sílica 3) dolomitização 4) Dissolução 5) Precipitação de cristais carbonáticos autigênicos dentro das cavernas. As rochas foram classificadas como, AF1: dolomitos, dolomitos com terrígenos, quartzo-arenitos com cimento carbonático e subarcósio com cimento carbonático; AF2: dolomitos; AF3: dolomito com terrígenos e quartzo-arenitos.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e microestruturas do anortosito carreira comprida - Porto Nacional, TO(2019-12-05) PONTES, Gabriel Silva de Araújo; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502Este trabalho apresenta os dados petrográficos e microestruturais do Anortosito Carreira Comprida, localizado na região de Porto Nacional – Brejinho de Nazaré (TO), na porção norte da Província Tocantins e inserido no Maciço de Goiás, entre os cinturões Araguaia e Brasília. O trabalho tem como objetivo identificar os efeitos do metamorfismo neste corpo anortosítico e descrever as transformações mineralógicas, texturais e microestruturais presentes no plúton, a fim de identificar as condições metamórficas e as transformações estruturais/microestruturais relacionadas aos efeitos da deformação promovida pelo cisalhamento ao longo do Lineamento Transbrasiliano. O trabalho inicia-se a partir do levantamento de dados cartográficos e bibliográficos referentes ao conhecimento geológico da Província Tocantins, terrenos metamórficos de alto grau de Porto Nacional e o Anortosito Carreira Comprida. Os trabalhos de campo foram realizados com coleta de amostras representativas da unidade para estudos petrográficos. A partir dos dados petrográficos e microestruturais obtidos, foi possível classificar o corpo anortosítico em três grupos petrográficos distintos segundo as paragêneses e feições microestruturais dominantes: a) Anortositos com feições magmáticas preservadas (Plg + Cpx + Ilm); b) meta-anortositos (Plg + Cpx + Hbl + Bt + Grt + Ttn); e c) anortositos miloníticos (Plg + Hbl + Bt + Grt + Ttn). A presença de uma assembleia mineral de origem metamórfica define o Anortosito Carreira Comprida como um meta-anortosito. As associações mineralógicas obtidas revelam condições de fácies anfibolito, com temperaturas variando entre 600 a 700°C sob condições de média a alta pressão. O domínio petrográfico “a)” apresenta feições magmáticas cumuláticas mais bem preservadas, não tendo cristais hornblenda e biotita em sua composição, o que demonstra condições metamórficas inferiores para este tipo petrográfico. A análise microestrutural evidenciou a presença de microtexturas causadas por deformação sob condições de regime dúctil. A interpretação dos dados obtidos indica a variação entre as condições metamórficas e o nível de deformação nos meta-anortositos, com a deformação ocorrendo mais intensamente nos anortositos milonitizados situados na porção leste do plúton, afetados pela Zona de Cisalhamento Porto Nacional.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e mineralogia de epissienitos potássicos estaníferos e da alteração hidrotermal associada, na Borda Oeste do albita-granito, suíte Madeira, Província Pitinga (AM)(2012) SOUZA, Sulsiene Machado de; BORGES, Régis Munhoz Krás; http://lattes.cnpq.br/4220176741850416A Província Pitinga, localizada na região nordeste do Estado do Amazonas, é a maior produtora de estanho do Brasil. O estudo petrográfico de amostras do furo de sondagem 250S/1200W, que intercepta uma zona de contato entre as fácies albitagranito de borda (ABGB) e feldspato alcalino-granito hipersolvus porfirítico (FAGHP) na borda oeste do plúton Madeira, permitiu a caracterização de três tipos de rocha: 1) feldspato alcalino-granito hipersolvus porfirítico; 2) albita-granito de borda epissienitizado (AGbEp) e 3) granito epissienitizado híbrido (GEpsH). O FAGHP é composto principalmente por fenocristais de feldspato alcalino pertítico e quartzo, imersos em uma matriz quartzo-feldspática, e proporções acessórias de biotita, zircão, fluorita, hematita, pirita e galena. A rocha ocorre, por vezes, levemente albitizada, greisenizada ou epissienitizada. O AGbEp é composto principalmente de quartzo e feldspato alcalino, além de quantidades subordinadas de cassiterita, zircão, torita, fluorita, sericita e fengita, e ocasionalmente mostra-se enriquecido em sulfetos. O GEpsH tem textura porfirítica e é composto basicamente por feldspato alcalino e quartzo, e quantidades acessórias de zircão, fluorita, hematita, pirita, galena, torita e cassiterita, e encontra-se intensamente hematitizado e silicificado. O principal processo hidrotermal identificado neste estudo é a epissienitização potássica, que modificou significativamente as rochas deste setor. Outros processos também foram caracterizados, como a albitização, greisenização, sulfetação, silicificação e hematitização, cada um deles contribuindo de uma forma específica para a formação das rochas epissienitizadas. O estágio mais precoce da epissienitização foi a desquartzificação das rochas graníticas, responsável pela lixiviação do quartzo e geração de cavidades que, interconectadas, possibilitaram a circulação dos fluidos durante toda a atividade hidrotermal. O metassomatismo potássico causou a dissolução total da albita do ABGB, bem como sua substituição por microclínio hidrotermal. O feldspato alcalino magmático foi parcialmente substituído por filossilicatos, principalmente no estágio de greisenização. De forma mais restrita, o feldspato alcalino pertítico do FAGHP foi parcialmente substituído por albita, principalmente nas bordas dos cristais. O granito epissienitizado híbrido é composto por fases minerais herdadas das duas fácies petrográficas e é o litotipo mais representativo da interação entre os dois líquidos magmáticos na região estudada. Nele, além do microclínio formado em condições subsolvus (ABGN), 7 ocorre uma população de cristais mais finos de microclínio hidrotermal, geralmente ocupando os interstícios entre as fases magmáticas. O minério estanífero associado a estas rochas é representado tanto por cristais de cassiterita provenientes do ABGB, quanto por cristais formados pela atividade hidrotermal, conforme os estudos de caracterização mineralógica e textural realizados por MEV-CL-EDS. Os cristais de cassiterita que preenchem fraturas e/ou cavidades nas rochas epissienitizadas são mais puros e relativamente mais pobres em Nb do que aqueles formados no estágio magmático. Os fluidos envolvidos na epissienitização potássica devem ter sido alcalinos e subsaturados em sílica para ter induzido a desquartzificação, mas com baixo grau de alcalinidade, já que fluidos altamente alcalinos tenderiam a promover metassomatismo sódico, com estabilização da albita. Com base nos dados obtidos neste estudo e no contexto geológico da região, propõem-se duas hipóteses para a origem de um fluido alcalino, oxidado e enriquecido em K: (1) por separação de uma fase fluida a partir do líquido magmático formador do FAGHP e (2) pela ação do mesmo fluido que desencadeou o processo de autometassomatismo do albita-granito de núcleo. Independentemente da origem, este fluido provavelmente teria sido modificado ao longo do resfriamento do sistema, culminando com os processos de sulfetação, hematitização e silicificação, quando ocorre o preenchimento de cavidades e fraturas por sulfetos de Fe, Cu, Pb e Zn, hematita e quartzo, associados a cassiterita em algumas situações. Os cristais de cassiterita formados durante o processo de epissienitização são compostos quase que exclusivamente por SnO2.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e proveniência dos arenitos cambrianos da Formação Diamantino, Sul do Cráton Amazônico, região de Diamantino, Mato Grosso(2012) FREITAS, Anderson Felipe da Costa; SILVA JÚNIOR, José Bandeira Cavalcante daO último registro de sedimentação da Faixa Paraguai, no sul do Cráton Amazônico, região centro-oeste do Brasil é representado pelos depósitos siliciclásticos da Formação Diamantino do Grupo Alto Paraguai, de idade neoproterozoica-cambriana. As melhores exposições da Formação Diamantino ocorrem na região da cidadede Diamantino, Estado do Mato Grosso, inserida na sub-bacia foredeep de Barra do Bugres. Análises petrográficas nos arenitos das associações de turbiditos, prodelta/mar restrito e frente deltaica da Formação Diamantino, em combinação com estudos de proveniência por meio de minerais pesados, paleocorrente e datação de zircão detrítico permitiram desvendar as prováveis áreas-fonte da Formação Diamantino. Subarcósios e grauvacas feldspáticas predominam na associação de fácies de turbiditos, sublitarenitos, subarcósios e grauvacas líticas caracterizam os depósitos de prodelta/mar restrito e litarenitos e litarenitos feldspáticos ocorrem nos depósitos de frente deltaica. Os arenitos foram submetidos aos estágios eo a mesodiagenético, que incluem infiltração mecânica de argila, cimentação por hematita e calcita, sobrecrescimento de quartzo e feldspato, compactação mecânica e química.Os minerais pesados identificados foram zircão, turmalina, rutilo, granada e, subordinadamente, apatita, sillimanita, calcita, anfibólio, piroxênio, clorita e monazita.Os arenitos da Formação Diamantino são supermaturos, mas o alto valor do índice ZTR (% zircão + turmalina + rutilo) pode ser menor devido a não identificação de grãos instáveis envoltos por películas de óxido-hidróxido de ferro.Datações geocronológicas de zircão detrítico da associação de frente deltaica indicaram uma idade neoproterozoica-cambriana para a Formação Diamantino, com uma idade mínima de deposição após 541 ± 7 Ma. A fonte deste material teria origem do próprio cinturão de cavalgamento a ESE, indicado também pelos dados de paleocorrentes dos lobos deltaicos com migração preferencial para NW e SW. As rochas metassedimentares do Grupo Cuiabá de idade Neoproterozoica seriam as possíveis fonte para a sedimentação Diamantino, concomitante a fase inicial de colisão que levou a estabilização da Faixa Paraguai Norte no final do Neoproterozoico.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia, suscetibilidade magnética e mineralogia dos gabros da área de Serra Dourada, Província Carajás(2012) PEREIRA, Adriel Quésede de Oliveira; DALL'AGNOL, RobertoCom base nas composições modais, os gabros da região de Serra Dourada foram classificados em três grupos: (1) gabros com olivina: formados essencialmente por plagioclásio (An variando de 65 a 70), clinopiroxênio (augita), ortopiroxênio (enstatita), com olivina e anfibólios (ferropargasita e magnésiohornblenda) subordinados. (2) gabros e gabro-noritos: constituídos essencialmente por plagioclásio (An variando de 50 a 80), clinopiroxênio (essencialmente augita, subordinadamente diopsídio, pigeonita e clinoferrossilita), ortopiroxênio (enstatita) e anfibólio (ferropargasita). (3) Os anfibólio-gabros são rochas levemente foliadas, formadas essencialmente por plagioclásio (variando de labradorita a oligoclásio) e anfibólio (predominantemente ferropargasita, com poucas ocorrências de hastingsita, ferro-edenita, ferrotschermakita e actinolita), com clinopiroxênios (clinoenstatita e augita) e ortopiroxênios (enstatita) subordinados. Magnetita e ilmenita são os óxidos de Fe e Ti primários dos gabros com olivina e gabros e gabro-noritos. Estes minerais estão relacionados à oxi-exsolução da titanomagnetita, originalmente formada no magma. Porém a magnetita também pode ser formada por processos secundários. A petrologia magnética revelou que os gabros de Serra Dourada apresentam quatro populações (A, B, C e D) com diferentes características magnéticas. Os menores valores de SM estão na população A, e os maiores em D. Os grupos dos gabros com olivina e gabros e gabro-noritos concentram-se nas populações C e D, com seus valores relativamente elevados de SM. Os anfibólio-gabros se espalham nas diferentes populações, inclusive ocupando os valores de mais alta SM. Isso pode ser explicado pela formação secundária de magnetita.