Navegando por Assunto "Morfologia praial"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Morfologia e sedimentação da praia do Marahú (lha de Mosqueiro/PA) - antes e após a construção de sua orla(2022-02-08) PEREIRA, Yan Marcel Quadros; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850A Ilha de Mosqueiro (PA), pertencente à região metropolitana de Belém, está situada no estuário do Rio Pará, tendo uma costa configurada por uma sucessão de promontórios e enseadas arenosas, às quais formam praias estuarinas que nas últimas décadas tem sido bastante afetadas pela hidrodinâmica do rio e, a consequente erosão costeira, como é o caso da praia do Marahú, onde obras de contenção de erosão foram implantadas para minimizar o problema. O objetivo deste trabalho foi analisar as alterações morfossedimentares da praia do Marahú antes e após a construção de sua orla com muro de arrimo. A metodologia de estudo foi realizada através de coleta de dados amostrais dos anos de 2016 a 2018; análise laboratorial; e tratamentos de dados topográficos e sedimentológicos. Para a caracterização do estado morfodinâmico de praia foi utilizado o parâmetro morfométrico declividade da praia β, oriundo do tratamento dos dados topográficos em 9 perfis de praia, seguindo a síntese de Sazaki (1980) para classificação de praias. Espera-se obter resultados sobre as mudanças ocorridas na praia do Marahú, após a construção de sua orla, relacionado à morfologia, sedimentação e perigos hidrodinâmicos associados. Observou-se que as praia apresenta estado morfodinâmico dissipativo a refletivo e que os sedimentos variam de areia grossa a fina, sendo majoritariamente areia média, variando de pobremente selecionado a bem selecionado. Antes da construção da orla e o muro de arrimo, a praia apresentava maior variação sazonal no seu estado morfodinâmico. Após a implantação da obra, a praia ficou com mobilidade sedimentar mais restrita, atenuando esta variação. A obra minimizou os impactos da erosão. Trabalhos como este são importantes, pois geram informações que podem ajudar a amenizar problemas socioambientais, como o indicativo de iminentes perdas de patrimônios públicos e privados, por conta da erosão costeira, bem como para dar subsídios na previsão de possíveis acidentes geológicos associados à ação pluvial e fluvial em praias estuarinas de enseadas, localizadas nas bordas de tabuleiros costeiros. Palavras-chave: morfologia praial; sedimentação; Marahú; praia estuarina; Amazônia.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Variação morfológica e sedimentar em praias da ilha de algodoal ( Litoral Amazônico )(2010) SOUSA, Lygia Nassar; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994A zona costeira é uma área extremamente dinâmica, e a sua morfologia depende de fatores climatológicos, geológicos e físicos. É neste contexto em que se enquadra a Ilha de Algodoal, localizada no nordeste paraense (litoral amazônico), área de estudo do presente trabalho. Com o objetivo de compreender a morfodinâmica praial local, foram avaliadas duas praias - Praia da Princesa e Praia da Caixa D’Água, incluindo perfis topográficos e análises granulométricas de diferentes períodos ao longo de um ano. As coletas foram realizadas ao longo de um ano, nos períodos-chave em relação à climatologia regional: dezembro/08 (final da estação seca), março/09 (auge da estação chuvosa – marés equinociais), maio/09 (máxima descarga fluvial), setembro/09 (auge da estação seca – fortes ventos) e dezembro/09, fechando o ciclo anual. Os resultados apontam para uma área estável, porém muito dinâmica. Em geral a tendência foi predominantemente erosiva para ambas as praias avaliadas. Entre dez/08 a mar/09 o balanço sedimentar foi negativo, sendo de aprox. -77 m³/m para o Perfil 1 (Praia da Princesa) e de -48 m³/m para o Perfil 2 (Praia da Caixa d’Água). Esta erosão foi atribuída às marés equinociais de março, bem como afloramento do lençol freático na face praial e consequente erosão por água de retorno, afetando igualmente as duas praias. Já no período de mar/09 a mai/09 o balanço sedimentar foi positivo para ambas as praias: 15 m³/m para Praia da Princesa e 40 m³/m na Praia da Caixa d’Água. Neste caso a deposição foi atribuída à redução média da altura de maré após o equinócio, bem como ao período de máxima descarga fluvial em maio, o que também afeta ambas as praias, mas especialmente a praia da Caixa d’Água, que encontra-se na porção estuarina do rio Marapanim. Entre mai/09 e set/09 o balanço foi negativo em ambas as praias, sendo, porém, substancialmente mais acentuado (-52 m³/m) na Praia da Caixa d’Água que na Praia da Princesa (-11 m³/m). Considerando-se os fortes ventos de setembro, estes implicam em erosão na Praia da Princesa e entorno, sendo que parte dos sedimentos eólicos se depositaria na Praia da Caixa d’Água, em virtude da direção NE dos ventos alísios. As marés equinociais de setembro parecem também ter contribuído para a erosão nas duas praias. Entre set/09 e dez/09 o balanço sedimentar foi positivo, mas pouco expressivo em ambas as praias (9 e 4 m³/m para as praias da Princesa e Caixa d’Água, respectivamente). A comparação entre dez/08 e dez/09 revelou importante erosão em ambas as praias (-63 e -55 m³/m para as praias da Princesa e Caixa d’Água, respectivamente). Esta variação pode ser atribuída a migração episódica de bancos e barras. As variações observadas em cada perfil caracterizam a Praia da Princesa como uma praia oceânica, do tipo dissipativa, onde as principais variações internas observadas correspondem à migração das barras e cavas. Já a Praia da Caixa d’Água pode ser 8 classificada como uma praia estuarina do tipo reflectiva com terraço de maré baixa. Consequentemente, o regime de ondas afeta mais claramente a Praia da Princesa, enquanto que a descarga fluvial afeta mais efetivamente a Praia da Caixa d’Água, como esperado. Durante a estação seca os ventos parecem resultar em erosão na Praia da Princesa e deposição na Praia da Caixa d’Água, principalmente em função da combinação de direção predominante dos ventos e orientação das praias. As análises granulométricas corroboram com os resultados e interpretação das variações morfológicas, onde as variações no tamanho médio dos grãos, assimetria e seleção da distribuição granulométrica indicam a deposição ou erosão de sedimentos eólicos ou finos, provenientes da descarga fluvial. Os resultados obtidos representam uma caracterização satisfatória dos perfis estudados, bem como dos diferentes processos atuantes em praias oceânicas e estuarinas do litoral amazônico, podendo servir de base para estudos desta natureza em quaisquer praias do litoral amazônico, onde sazonalidade no regime de chuvas/descarga fluvial e ventos/ondas, bem como o regime de macromarés resultam em uma complexa morfodinâmica praial.