Navegando por Assunto "Humanization of assistance"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Percepção do usuário sobre o acolhimento em um serviço de assistência especializada à saúde de pessoas vivendo com HIV em uma metrópole amazônica(2022) PINTO, Gabriel Jardim da Motta Corrêa; PANTOJA, Lucas Barony Silva; MONTEIRO, Ronaldo Costa; http://lattes.cnpq.br/3506746011338045O HIV pode acometer todas as pessoas independentemente da faixa etária ou vários outros aspectos sociodemográficos, além de pode provocar grande disfunção no organismo do indivíduo infectado configurando uma condição de saúde carregada de um histórico estigmatizante. A Política Nacional de Humanização (PNH) foi criada em 2003 para efetivação dos princípios do SUS voltados especificamente para o cotidiano das práticas de atenção e gestão. Dentre suas diretrizes, a PNH tem no acolhimento um de seus principais eixos consultores, que propõe atitudes de inclusão, compromisso e solidariedade com as demandas dos usuários. Nesse sentido, a assistência ofertada deve incluir o acolhimento cotidianamente em suas atividades diárias para uma atenção voltada para o controle do HIV/aids com vista a diminuir o abandono e o preconceito contra os portadores do vírus. Desse modo, o estudo objetiva avaliar o acolhimento prestado pela equipe multiprofissional, a partir da percepção do usuário. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com uma abordagem qualiquantitativa, realizado no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), localizado em Belém (PA), referência na região metropolitana. Os dados foram obtidos a partir da aplicação do questionário aos pacientes nos meses de Setembro e Outubro de 2022, com questões voltados aos aspectos sociodemográficos, de tratamento e da percepção do usuário sobre o acolhimento. Foram coletados 89 questionários, identificou-se predomínio do sexo masculino (82%), faixa etária entre 20 e 29 anos (31,4%), homossexuais (51,9%), solteiros (68,5%), com ensino médio (44,3%), com tempo de deslocamento à SAE inferior a 1 hora (47,1%), trabalhando formalmente ou informalmente (66,3%), com renda entre 1 a 3 salários-mínimos (52,4%) e tempo de diagnóstico entre 1 a 5 anos (38,2%). Quanto ao tratamento, a maioria afirma ter iniciado a menos de 1 ano (35,9%) e negou mudanças na TARV (68,5%). Aqueles que abandonaram a TARV representam minoria (16,9%). Dos motivos para abandono, o principal foi “Desânimo/Desmotivação” (60%). Referente ao acolhimento, a maioria dos participantes acredita que foi bem acolhido (87,6%) e que o acolhimento foi importante para continuar o tratamento (93,2%). O atendimento multiprofissional foi avaliado de maneira geral como satisfatório com taxa entre 76,1% e 49,4% de satisfação. A maioria dos participantes afirmam que não houve juízo de valor entre seus atendimentos (78,2%), assim como sua liberdade foi respeitada (90,9%) junto à liberdade e autonomia para iniciar o tratamento (95,5%). A partir da análise, evidencia-se a potencialidade da oferta do cuidado a essa clientela como condizente marjoritariamente com os princípios e diretrizes da PNH. Manifesta-se também a necessidade do reforço legal e busca ativa acerca das melhores soluções para efetividade das ações no campo da assistência multiprofissional demandada por alguns pacientes.