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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Evolução da exposição mercurial em mulheres ribeirinhas do tapajós: período de 1996 a 2006(2009) PARIJÓS, Amanda Magno de; OLIVEIRA, Érika Abdon Fiquene; PINHEIRO, Maria da Conceição Nascimento; http://lattes.cnpq.br/6353829454533268; https://orcid.org/0000-0002-2904-9583A exposição humana ao mercúrio (Hg) através da ingestão de peixes com níveis elevados de metilmercúrio (MeHg) tem sido caracterizada na Amazônia brasileira, principalmente em comunidades ribeirinhas próximas a garimpos de ouro. A organização mundial de saúde (OMS) preconiza o monitoramento de mulheres em idade fértil, visto que níveis de mercúrio acima de 10µg/g, em amostras de cabelo, constituem risco de acometimento maternofetal. Objetivos: Avaliar a evolução temporal dos níveis de exposição ao mercúrio em mulheres em idade reprodutiva da região do rio Tapajós, e correlacionar estes níveis com o consumo de peixe. Métodos: Foram obtidos 361 resultados de Hgtotal em amostras de cabelo de ribeirinhas na faixa etária de 12 a 45 anos, a partir do banco de da dos do “Programa de Poluição Mercurial e Saúde Humana”, relativos ao período de 1996 a 2006. Informações acerca da ingestão semanal de peixe nos anos de 2003 e 2006 foram coletadas a partir de questionários epidemiológicos. Resultados: observouse uma diminuição da concentração média de Hgtotal no cabelo de mulheres em idade fértil com o decorrer dos anos, com médias de 20,7 1,58 g/g em 1996 e 10,6 1,14 g/g em 2006. Houve também diminuição significativa no percentual de mulheres expostas além do nível de t olerância, de 10 g/g, preconizado pela OMS, que representava 84,45% de um total de 45 mulheres em 1996 e passou a ser 46,3% de um total de 59 mulheres em 2006. Ocorreu uma diminuição significativa no consumo de peixes entre os anos de 2003 e 2006, e mesmo nas mulheres que mantiveram um elevado consumo de peixe, maior que 10 refeições por semana, os níveis médios de Hgtotal reduziram entre esses dois anos. Conclusão: apesar do decréscimo dos níveis mercuriais em mulheres do Tapajós nos últimos anos proporcionado pelas mudanças nos hábitos alimentares dessas populações ribeirinhas, elas ainda apresentam níveis mercuriais de risco à saúde e ao acometimento maternofetal, segundo a OMS.