Navegando por Assunto "Complexo Tartarugal Grande"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Geocronologia U-Pb em monazita e zircão do metamorfismo de alto grau do Complexo Tartarugal Grande, região centro-leste do Amapá(2023-02-15) MIRANDA, Sarah Silva; LAFON, Jean-Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645; https://orcid.org/0000-0003-0854-3053; MILHOMEM NETO, João Marinho; http://lattes.cnpq.br/6010783520758482; https://orcid.org/0000-0003-0674-5102O Complexo Tartarugal Grande (CTG) está inserido no contexto do sudeste do Escudo das Guianas (SEG), na porção nordeste do Cráton Amazônico. No estado do Amapá, o SEG é compartimentado no domínio paleoproterozoico Lourenço (norte), que apresenta evolução envolvendo estágios de subducção em ambiente de arco de ilha e/ou arcos magmáticos continentais e no bloco arqueano Amapá (sul), retrabalhado durante o ciclo orogênico Transamazônico (2,26-1,95 Ga). O CTG está situado na região de transição entre esses dois domínios. Consiste de corpos alongados seguindo o trend regional NW-SE e representa uma associação metamórfica constituída por granulitos félsicos e leucognaisses, por vezes migmatizados, além de rochas máficas ocorrendo de forma subordinada. Possuem protólitos Arqueanos e Paleoproterozoicos. Essa unidade foi envolvida em um evento tectono-termal no final do Riaciano (~2,10-2,05 Ga) que gerou o metamorfismo regional em fácies anfibolito alto a granulito, deformação com caráter heterogêneo em litotipos pré-existentes e reequilíbrio de minerais. Neste trabalho, um neossoma de um leucognaisse migmatítico do CTG foi datado pelo método U-Pb em monazita e zircão por LA-ICP-MS para investigar e comparar a idade de metamorfismo obtida com esses minerais acessórios, com os dados disponíveis para a unidade e com os eventos metamórficos registrados no SEG. Esse neossoma apresenta composição quartzo-feldspática, granulação grossa, e ocorre como bolsões no granada-biotita leucognaisse (paleossoma) que faz contato com um granulito enderbítico. Os dados U-Pb obtidos a partir de monazitas do neossoma apresentaram uma idade média ponderada 207Pb/206Pb de 2058 ± 7 Ma (n = 30, MSWD = 0,15), que foi correlacionado com dados da literatura e interpretada como a idade do pico de metamorfismo regional registrado nas rochas do CTG. As idades 207Pb/206Pb concordantes obtidas em zircão apresentaram-se em um intervalo de 2064 ± 16 a 2167 ± 28 Ma (n = 18), não sendo possível calcular uma idade média. As idades mais novas foram interpretadas como resultantes da reabertura do sistema U-Pb pelo metamorfismo e as mais velhas como remanescentes do protólito. Apenas um ponto apresentou idade neoarqueana de 2676 ± 26 Ma, interpretada como herdada. Os resultados obtidos neste trabalham confirmam que esse evento metamórfico registrado no CTG é coevo ao evento de metamorfismo de ultra-alta temperatura do Cinturão Bakhuis, no Suriname, e ao evento metamórfico já registrado no sudoeste do Bloco Amapá.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Metamorfismo das rochas de alto grau do complexo Tartarugal Grande, região de Ferreira Gomes – Amapá(2016) RODRIGUES, Paulo Ronny Soares; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502A região do Complexo Tartarugal Grande (CTG) situada na porção centro-leste do estado do Amapá, corresponde a um segmento crustal constituído por uma assembleia de rochas de alto grau metamórfico, dentre os quais, granulitos félsicos, máficos e leucognaisses. Os granulitos félsicos podem ser classificados como granulitos charnockíticos, charnoenderbíticos, enderbíticos e microclina charnockitos, enquanto os leucognaisses podem ser ricos em granada ou cordierita. As rochas de alto grau metamórfico do CTG apresentam principalmente textura granoblástica, com preservação em alguns casos de textura reliquiar ígnea. Microclinas micropertíticas são comuns, e por vezes até mesopertíticas. As microestruturas deformacionais do CTG incluem tanto deformações dúcteis como rúpteis, como extinção ondulante, maclamento deformado, feições de exsolução e microfraturas. Os processos deformacionais atuantes com o avanço do metamorfismo envolvem recristalização dinâmica com migração de bordas de grão e formação de sub-grãos. A influência das zonas de cisalhamento regionais, estão registradas principalmente nos leucognaisses e são responsáveis pela formação de textura milonítica e subgrãos ao longo dos porfiroclastos de microclina. As condições de pico metamórfico para as rochas do CTG estão entre 800 e 850 °C e 6 a 8 Kbars e são compatíveis com o campo de estabilidade da associação cordierita + granada + quartzo + microclina presente nos leucognaisses e quartzo + ortopiroxênio + granada presentes nos granulitos félsicos. Os granulitos máficos possuem uma paragênese composta por ortopiroxênio + clinopiroxênio + plagioclásio + hornblenda e a ausência de olivina sugere condições de pico metamórfico inferior a 850 °C. O retrometamorfismo é comum na maioria das rochas do CTG e evidenciado pelas reações de quebra da granada para formação de biotita e quartzo e do ortopiroxênio para formação da hornblenda.