Navegando por Autor "BRAGA, Anderson Movilha"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Frequência de empuxo na plataforma continental amazônica rasa(2019-07-09) BRAGA, Anderson Movilha; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471; PRESTES, Yuri Onça; http://lattes.cnpq.br/3779483639201927A Plataforma Continental Amazônica (PCA) rasa está sujeita a interação de forçantes físicas de diferentes fontes, que produzem condições dinâmicas altamente energéticas. Os processos dinâmicos tornam a plataforma amazônica um ambiente único, com elevado aporte continental oriundo de grandes sistemas estuarinos e que formam uma extensa pluma de água doce. Contudo, as informações em relação ao campo de massa da PCA ainda são escassas. O objetivo deste trabalho foi o estudo das variações do campo de densidade na plataforma rasa, na isóbata de 30 m, em um ponto localizado aproximadamente 100 km da foz do Rio Pará (0° 25,73' N/47° 41,88' W). Foram realizados perfis verticais de CTD (conductivity, temperature and depth) ao longo de doze meses entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019 (exceto maio e junho), totalizando dez medições. A conversão dos dados de condutividade em salinidade foi calculada por meio da nova equação de estado da água do mar (TEOS-10) para que fossem determinados os valores de Temperatura (T) e Salinidade (S). O campo de densidade foi analisado através da determinação dos valores da frequência de Brunt-Vaisala. Os resultados indicaram que as estratificações de TS ocorrem somente no período de elevada descarga fluvial, com gradientes de 0,7ºC e superiores a 25 unidades de sal. No período de baixa descarga não houve estratificações verticais. O aporte de água doce tem forte influência no campo de densidade na plataforma interna, aumentando as forças de empuxo, o que difere do período mínimo de descarga que não apresentam estratificações e as forças de empuxo são reduzidas. As análises da frequência de Brunt-Vaisala indicaram que os gradientes de temperatura foram mais relevantes (no período de máxima descarga) para o campo de densidade do que os gradientes de salinidade. A partir do diagrama TS foi possível propor valores de densidade para as plumas fluviais dos rios Amazonas e Pará, admitindo que essas plumas não se misturam de imediato, formando três camadas verticais de diferentes densidades (Rio Pará, Rio Amazonas e aporte marinho). Portanto, a natureza amostral instantânea do experimento indicou que a variabilidade do campo de densidade é influenciada somente pelas descargas fluviais dos rios Amazonas e Pará, destacando a importância das variações da temperatura para o fenômeno de anomalia de densidade vertical em um sistema que normalmente é forçado pelos gradientes de salinidade.