(2024-11-01) FILGUEIRAS, Tainara Carvalho Garcia Miranda; NAHUM, João Santos; http://lattes.cnpq.br/9009465125001273; https://orcid.org/0000-0001-7791-9240; SOUSA, Enilson da Silva; http://lattes.cnpq.br/9809519303331231; https://orcid.org/0000-0003-2026-0822
A pesquisa objetiva analisar como a dendeicultura tem engendrado transformações no uso e ocupação do território em áreas de reforma agrária, a partir da “integração” das famílias assentadas ao agronegócio de óleo de palma. Para tal abordagem do problema, optou-se pela pesquisa qualitativa com suporte metodológico do estudo de caso. Na coleta de dados de fontes secundárias foram utilizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Os dados primários foram coletados por meio de trabalho de campo, entrevistas semiestruturadas e observação direta. Os resultados da pesquisa demostraram que o Assentamento Olho D’Água I vivencia o fenômeno da dendeicultura e, como consequência, sofre com as alterações da dinâmica do seu espaço agrário. Tal fenômeno resulta em impactos sociais, econômicos e ambientais. A troca das culturas de subsistência pelo cultivo do dendê acarretou a alteração do modo de vida desses agricultores, que passaram de camponeses para trabalhadores do capital. Os contratos de parceria, embora possuam riscos altos em relação à demanda de cultivo, apresentam-se como única alternativa para a sobrevivência dessas famílias. Diante disso, é possível constatar a banalização das necessidades humanas, o que contribui para a vulnerabilidade social dos campesinos, sendo necessária maior fiscalização e construção de políticas públicas que possibilitem uma vida digna para esse grupo social.